"Se um Deus criou este mundo, dizia ele, não gostaria de ser esse Deus, pois sua miséria e seu infortúnio me partiram o coração".
Ele não se casou. Era pessimista. E foi talvez o único a falar sobre o amor como um mal necessário. Arthur Schopenhauer (1788-1860), um sábio de um passado tão, mas tão longínquo, deixou ensinamentos sábios que podem ajudar muito nos relacionamentos atuais. Adoro seu realismo! Ele defendia fielmente para desistir do sonho do amor para toda a vida. Se deu errado, voilá...parta para a outra, sem culpa. Em algum momento, segundo ele, o relacionamento vai dar errado.
Assisti, por acaso, um programa sobre Schopenhauer. E achei bem legal, pois amor não é um tema sobre o qual a filosofia costuma falar. Ela até podia levar o assunto mais a sério...e talvez até "obrigar" que os terapeutas modernos tivessem mais laços com essas preciosidades do passado. Segundo o doutor do amor que nunca se casou, as pessoas buscam a felicidade travestida de amor, mas o amor machuca. O erro é ver o amor como sinônimo da felicidade.
Schopenhauer tem uma ideia que pode ajudar quando somos rejeitados: muitas vezes não entendemos porque o parceiro quis romper e nos sentimos rejeitados, daí ele responde que na verdade, o que está terminando o relacionamento não está rejeitando o parceiro, ele só que libertar o outro de expectativas, como casamento e etc e tal. Por isso ele dizia para aprender a deixar ir...
"Seria impossível evitarmos que nos apaixonássemos, já que somos escravos desse impulso, que nos cria uma vontade involuntária de perpetuarmos a espécie, mesmo que essa não seja a real intenção de nosso consciente".
Sobre o casamento ele tinha uma visão muito verdadeira: basta casar para assassinar o amor. “Casar significa fazer todo o possível para se tornar objeto de repulsa para o outro”, dizia.
Nada melhor que o amor para frustrar. Não são palavras minhas. "Atualmente notamos que a maioria dos relacionamentos amorosos são frágeis, sem a entrega necessária para a solidificação de algo. É comum entrarmos em uma relação pensando se realmente vale a pena, se não vou me machucar ou se irá acabar bem. Jogamos o jogo do falso desinteresse. O que parecer mais desinteressado na relação é o que é visto como superior, não devemos demonstrar interesse, e assim ficamos presos nesse jogo inútil, perdendo momentos a dois com a pessoa que temos apreço tudo para parecer desinteressado.
– Toda essa cautela é tomada à medida que nos machucamos. Mas então, por que não desistimos de amar e viramos pessoas frias, não seria mais racional?
"
Voto por esse caminho!