terça-feira, 27 de abril de 2010

Essas mulheres...


Mulheres que amam demais é um título que não deve ser dado apenas às mulheres que amam demais, e sim à todas as mulheres. Por que somos intensas mesmo e tudo nosso é "demais". Cuidamos demais, amamos demais, trabalhamos demais, nos doamos demais. O livro "Mulheres que amam demais", de Robin Norwood, deu origem, no Brasil, ao MADA (Mulheres que Amam Demais Anônimas) - um grupo de apoio a mulheres que sofrem com isso. As mulheres devem permanecer no anônimato mesmo, se não, pode não dar certo a terapia grupal. Minha mãe - que é psicóloga e trabalhou 11 anos na delegacia da mulher - disse que tais trabalhos são mesmo maravilhosos e devem ser anônimos sim.

Segundo o livro, quando amar siginifica sofrer, a pessoa está amando errado. Quando a mulher fica se desculpando do mau humor dele ou desprezo devido a uma infância infeliz, ela está amando demais.

"Dos pacientes que entrevistei, algumas cresceram em famílias problemáticas, outras não. Mas seus parceiros quase sempre provieram de famílias com problemas sérios, nas quais experimentaram tensão e dor mais intensas que o normal", disse a autora do livro.

Gostaria de registrar aqui alguns depoimentos, de forma anônima, claro. Essas mulheres têm algo para contar a todas nós. Para isso terei que participar de algum grupo, felizmente, mas não serei anônima, infelizmente, pois o meu papel será diferente, não só de jornalista como de humanista. Relatar histórias e exemplos para as mulheres. E claro, de forma anônima, com toda a certeza.

Dizem que tal sentimento pode se manifestar em homens também, mas é sobretudo um fenômeno feminino. Homens costuma se viciar em esportes e trabalhos, e mulheres em relacionamentos. Eu, particularmente, prefiro o vício do trabalho (na qual relaciono a minha auto estima), mas ninguém está livre de amar demais. Posso ser uma próxima vítima ou não. Por isso ler todos os gêneros de livros é importante e enriquecedor.

Amar o homem que não corresponde ao seu amor pode ser ruim. Então sugiro a leitura pois Robin aborda a face negativa e destrutiva do amor e explica a distinção entre amor saudável e insensato e fala das razões que levam a mulher que ama demais a tornar-se excessivamente tolerante. E, na minha opinião, a maior parte das mulheres é excessivamente tolerante. Ou estou enganada?




imagem: http://www.perfume_de_mulher.blogger.com.br/71759702.jpg

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