quinta-feira, 17 de abril de 2008

La Vie en Rose - Edith Piaf


Je vois la vie en rose (Vejo a vida cor-de-rosa)


Heureuse à en mourir (Feliz, feliz até morrer)


Reflexão - texto de Audrey Hepburn

O texto a seguir foi escrito por Audrey Hepburn, quando pediram que revelasse seus segredos de beleza.

Para ter lábios atraentes, diga palavras doces.

Para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas.

Para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos.

Para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia.

Para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho.

Pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas; jamais jogue alguém fora.

Lembre-se que, se alguma vez precisar de uma mão amiga, você a encontrará no final do seu braço. Ao ficamos mais velhos, descobrimos porque temos duas mãos, uma para ajudar a nós mesmos, a outra para ajudar o próximo.

A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no corpo que ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside.

A beleza de uma mulher não está na expressão facial, mas a verdadeira beleza de uma mulher está refletida em sua alma. Está no carinho que ela amorosamente dá, na paixão que ela demonstra.

A beleza de uma mulher cresce com o passar dos anos.

QUANDO VOCÊ RECOLHEU MEU CORPO Fabrício Carpinejar


Amor, sabe quando eu senti que poderia ser seu?

Talvez nem recorde, não faça importância, pode parecer mais um tolice.

Na primeira vez em que dormimos juntos, depois da nudez esfriar, você esqueceu suas roupas no sofá e apanhou minha camisa do espaldar da cadeira. Não, eu não a alcancei. Você pegou, com um desambaraço esquisito, uma certeza de que não dependia de licença e permissões. Eu fiquei assustado com sua naturalidade.

Cheirou as mangas, a inocência do olfato ao colher uma erva nova. Colocou a camisa deixando a gola solta. A longa camisa entreabrindo os seios. Voltou para perto de mim e procurou a região acolchoada de meu peito. Adormeceu.


Eu não dormi para observá-la. Você se casou comigo ao vestir minha camisa. Não foi depois; foi naquele instante em que dividimos nossas primeiras roupas após dividir o corpo. Minha camisa a protegeu do inverno que insistia em ventilar pelas frestas. Você pensou que ela continuava meu corpo. Eu pensei que você continuava meu corpo.

Minha camisa como um vestido, beirando os joelhos. Minha camisa trocando de lar, de lado. Assumindo seu perfume, suas curvas, tomando a estrada da serra para a praia.

O grito, o gemido e o suspiro conversavam ao mesmo tempo em sua boca.


Em nenhum momento, vacilou, admitiu dilemas, fraquejou em engano. Toda elegância é decidida. Puxando minha camisa para sua cintura, você organizou meus olhos, abriu os botões e os dias que viriam.

Uma mulher não usa a camisa de um homem se não pretende morar com ele. Está vestindo a casa.

Veste a manhã seguinte em plena noite.

Uma mulher não recorre a roupa de um homem à toa, percebe-se protegida. É uma escolha que decidirá as demais perguntas. Um ato de admiração, que tornam os lençóis secundários.

É uma troca secreta de aliança. é bem mais do que levar a escova de dente para ficar na residência do namorado. Um sinal de aceitação mútua. Alguns casais não notam esse detalhe e se separam.

Você misturou nossas vidas, nossos armários, nossos pertences. Nada mais era meu, nada mais era seu.

Ao receber de volta a camisa de manhã, eu não consegui lavar. Já era sua pele. Inundada de esperança.


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rédito da imagem: palavrasdesever.wordpress.com