segunda-feira, 29 de junho de 2009

Use saia. Saia de si!


Achei infeliz a propaganda da Batavo que vi na contracapa de uma revista ontem.

USE SAIA.
SAIA DE DIA,
SAIA DE NOITE,
SAIA DE SI.


Tudo isso apenas para a pessoa não se reprimir e consumir os produtos “Pense Light”. Tudo bem que a ideia é dar opções mais leves de alimentação e consequentemente levar uma vida gostosa.

Mas a única coisa que penso é USE ENTRE. Pensei em outra versão:

ENTRE em casa. ENTRE no trabalho.
ENTRE no seu país. ENTRE em outro país.
ENTRE de dia. ENTRE de noite.
ENTRE em si. Caia em si!

imagem: http://3.bp.blogspot.com

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O mito da Cinderela, de Uma Linda Mulher...


Hollywood tem muita competência para filmes do tipo Cinderela. É a garçonete que se casa com o milionário 20 anos mais velho. A prostituta que larga a vida mundana e se torna a mulher do trilhardário. É a vendedora de livros falida que conhece pela internet o dono da maior livraria de Nova York, se apaixona e vive feliz para sempre... e por aí vai.

Não estou criticando não. Ainda bem que existe Hollywood. Adoro esses filmes “mamão com açúcar” que nos levam direto ao mundo da fantasia. É muito bom entrar debaixo do edredom e assistir os filmes estrelados pela Meg Ryan, por exemplo. É uma delícia! Adoro as paisagens, os restaurantes, as viagens, as roupas, a paixão, enfim, tudo aquilo que foge à realidade. Amo o Pierce Brosnan também...olha só, um príncipe! Detetive que nada, é um mane príncipe mesmo. Só não posso lembrar de tê-lo assistido saltitante e feliz em Mamma Mia. Creeedo!

Bom, voltando ao assunto. Filme é filme. Nada de confundir com a realidade. Conheço poucas pessoas que conseguiram “o que fazem nos filmes”. Parece o slogan da TNT. Nesses “contos de fada”, eles estão apaixonados pela empregada, assistente, secretária, garçonete, pela mulher do melhor amigo...e se casam com elas.

Na realidade, o que os homens querem é status. Pois os outros olham para isso. “Puxa, olha só que mulherão que aquele ciclano está. Será que ela tem irmã?”.

É engraçado. A mulherada chora, imaginando, que como a Cinderela que limpa o chão, elas também serão escolhidas pelo príncipe encantado do primeiro-ministro de algum país da Europa. Isso acontece sim, mas só para algumas, pois não existem tantos presidentes e primeiros-ministros por aí. A Carla Bruni, por exemplo, já catou o seu príncipe lá na França!!!

Então, vamos trabalhar, ganhar algum dinheiro, erguer-se, tornar alguma coisa e ter status. E, claro, bem-estar. Até porque, uma vez satisfeitos, eles ficam bem conscientes sobre o relacionamento e não vêem mais a necessidade de resgatar a pobre garçonete, a Cinderela, a assistente, a empregada, a menor abandonada, a endividada. Deixe Hollywood lá em Hollywood mesmo!



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quinta-feira, 25 de junho de 2009

A neve, o livro, a morte


A neve congelava não só o corpo como o coração – partido em alguns pedaços. Cada fragmento representava um vazio. E a garota ali, incólume, imóvel. “Aquilo não era verdade”. Ele não pode estar morto. Ele não podia...

Foi nessa ocasião, no enterro do irmão, que a garota que roubava livros começou a sua carreira ilustre. Roubou a primeira obra: O Manual do Coveiro. Ela não sabia ler. Mas aquelas páginas representavam uma lembrança: a última vez que viu o irmão.

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Comecei a ler o livro A Menina que roubava livros. Maravilhosa obra! Por isso resolvi escrever um breve resumo do que li até agora: apenas 30 páginas.


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O Manual do Coveiro

Guia em doze passos para o sucesso como coveiro
Publicado pela Associação Bávara de Cemitérios


Imagem: http://4.bp.blogspot.com/

terça-feira, 23 de junho de 2009

Boas maneiras ao dar uma festa


Sendo ou não anfitriã de uma festa me preocupo com todos. Por menor que seja a reunião, pensar nos convidados, providenciar copos, pratos, talheres, convidar as pessoas, enfim, dá um trabalhão. A Gloria Kalil fala que ao sermos convidados para uma festa, jantar, ou sei lá, é bom retribuir o empenho do anfitrião com flores, bombons ou pelo menos, estar com uma roupa adequada. É o mínimo!

Sempre levo algo para o anfitrião. Pode ser a minha tia ou avó, lá vou eu com chocolates ou flores. Acho educado e uma forma de agradecer a simpatia de ter sido convidada. No domingo, levei uns picolés à uma ocasião. Foi simpático. Ou pelo menos, a ideia era essa.

E é justamente sobre boas maneiras que quero escrever hoje. Minhas amigas sabem que se querem que eu vá mesmo a uma festa, não basta me convidar por e-mail ou mensagem de celular. Aprecio muito uma ligação. Elas já criticaram muito esse meu jeito, mas aceitaram assim mesmo. Então, quando tem uma festa, elas me ligam e convidam. Até hoje as garotas que estudaram comigo na faculdade se encontram. Elas combinam tudo por e-mail. Não gosto disso. Então, nunca vou. Quando me ligam, faço questão de comparecer. Pode ser frescura, mas se for mesmo, é a minha única.

Aprendi que ao dar uma festa ou reunião, deve se deixar claro que tipo vai ser. Festão, jantar sentado, violão em volta da piscina, aniversário, bota-fora.... É bom também avisar as pessoas que estarão presentes pois assim se evita constrangimentos.

É importantíssimo falar ao convidado qual será o menu. Se a pessoa é vegetariana, por exemplo, aproveita para fazer uma boquinha antes, em casa mesmo. Não custa nada avisar o horário que o jantar será servido e qual o tom da roupa. Ninguém gosta de ser pego de surpresa vestindo jeans e hering bem no dia em que todos estão de pretinhos básicos.

Sabe outra coisa que detesto? Convites atropelados! Do tipo, dá uma passadinha lá em casa. Daí você não sabe se é para ir ou não ir. Parece que a pessoa só lembrou de convidá-la porque a encontrou no shopping. O convívio social é mesmo complicado.

Dica

Responda a todos os convites sempre. Ainda mais quando a sua presença pode alterar a dinâmica do evento, como almoços e jantares sentados. Até porque isso implica na estratégia da distribuição de lugares. Se quer levar outra pessoa com você, consulte o dono da casa. Não obrigue a criatura a passar por penetra.

Imagem: http://paulojales.files.wordpress.com

domingo, 21 de junho de 2009

Amada Paris

Torre Eiffel em construção

Saudades monstra de Paris. Antes de colocar os pés naquela cidade sabia que iria amá-la até o fim dos meus dias. A primeira vez que estive lá, tive a maior certeza da minha vida: quero viver Paris até a última gota. Não importa quantas viagens terei que fazer. Quero muito ficar um mês inteiro lá, alugar um apê e viver como uma francesa nata. Só sei que quando estiver velhinha quero estar lá para me despedir.

Adoro tudo. Adoro o fato também de alguns museus funcionarem de madrugada. Tenho insônia e acho que nesses dias, nada melhor do que apreciar obras de arte. Quando morrer serei fantasma de museu. Fora isso, Paris é um obra de arte em forma de cidade. Aconselho a não ter preguiça e se tornar andarilho por alguns dias. Assim como sem destino, sair batendo perna e entrando nas ruazinhas, sem saber onde está, apenas apreciando a palavra beleza! Era muito para uma Carolina só. Senti-me imensamente feliz.

Me sinto em casa em Paris. Adoro olhar as vitrines, esperar o metrô, comprar clemontines (tangerina sem caroço) nas vendinhas e pães de amêndoas na Boulangerie.

A arquitetura é perfeita. Parece que tudo em Paris está como se estivesse na década de 20, intocável. E tudo preservado. Aqueles edifícios que formam uma espécie de esquina triangular é um charme, além de arejar a cidade. Tudo bem pensado.

Bouquinistas

Ah, e os famosos bouquinistas na beira do rio Sena. Paris não seria a mesma sem esses intelectuais e artistas de rua. São tantos quadros, fotos e postais que dá vontade de levar tudo para casa.

Puxa vida, vou parar
por aqui, se não acabo escrevendo um livro. Sabe por quê? Lembro a toda a hora mais algo que adoro em Paris.

Lembrei-me que amo scargot também. Au revoir!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Amo você quando não é você - Martha Medeiros

Parece aquelas notícias de jornal popular, mas merece uma página inteira na imprensa nobre. Escute só: um casal em crise estava, cada um, em segredo, trocando e-mails com um pretendente virtual. Ela querendo ver o marido pelas costas e total mente envolvida pelo cara com quem teclava todos os dias. E o marido querendo que a bruaca evaporasse para poder curtir a gata que conheceu num chat. Você certamente já matou a charada: cada um marcou um encontro às ganhas com seu amor clandestino e shazam: descobriram que estavam teclando um com o outro sem saber.

Ou seja, marido e mulher não se amavam mais, porém se apaixonaram um pelo outro pela internet, usando pseudônimos. Imagine a cena: você se arruma para um primeiro encontro com alta carga erótica e dá de cara com seu cônjuge. Eu iria rir da situação e tentaria reinvestir no casamento desgastado, dessa vez estabelecendo novos códigos, mas o casal em questão não teve senso de humor e pediu o divórcio, alegando que estavam sendo "traídos". Moralismo nessa hora?

Não é preciso teses nem seminários: este fato, isoladamente, consegue explicar e exemplificar o ponto frágil dos casamentos de longa duração. Todo ser humano é vaidoso - uns mais, outros menos - e essa vaidade se estende ao campo da sedução. Por mais que a gente ame a pessoa com quem casamos, a passagem do tempo reduz o feedback sexual. As transas podem até continuar prazerosas e relativamente assíduas, mas já não temos certeza se seríamos capazes de chamar a atenção de alguém que nada soubesse sobre nós, e esta é uma necessidade que não esmorece nunca: seguimos interessantes? seguimos atraentes? E a pergunta mais séria entre todas: depois de tanto tempo fundidos com um parceiro, sabemos ainda quem somos nós?

Sendo assim, ficamos suscetíveis a uma paquera. Pela internet, parece seguro, sem conseqüências, mas não impede que nos apaixonemos - nem tanto pelo outro, mas principalmente por nós mesmos. Recuperamos a adolescência perdida: nos tornamos novamente audazes, sedutores e jovens - paixão rejuvenesce mais que botox. É a chance para a gente se reinventar e ganhar uma sobrevida neste mausoléu de sentimentos chamado "estabilidade afetiva". Não, você não, que é de outra estirpe. Estou falando de gente comum.

Este casal pagou um mico, mas fez um alerta à humanidade: somos capazes de nos apaixonar por quem já fomos apaixonados, desde que esta pessoa se apresente a nós como uma novidade e nos dê também a chance de sermos quem a gente ainda não foi. Este marido, que em casa talvez fosse carrancudo e desleixado, revelou-se bem-humorado e empreendedor para sua nova "namorada". A esposa, que em casa talvez bocejasse pelos cantos, mostrou-se alegre e entusiasmada para o novo "namorado". Estavam o tempo inteiro conversando com quem conheciam há anos, mas, da forma que se apresentaram, desconheciam-se.

Já escrevi uma vez sobre este tema: a gente se apaixona para corrigir nosso passado. Agora fica claro que podemos corrigir nosso passado com os próprios protagonistas do nosso passado, desde que eles nos enxerguem com olhos mais curiosos, com um coração mais disposto e que acenem com um novo futuro.


Martha Medeiros

imagem: http://fotocache02.stormap.sapo.pt/fotostore02

Em que pé está

Não tem jeito. A hora sempre chega. E o monstro verde com sete cabeças aparece bem na sua frente e pergunta: Em que pé está?

Nãããão, agora não. Deixe-me curtir só um pouco mais, sr. Monstro. Ainda não. Não solte os aliens da insegurança agora.

É duro, é chato, e tem que ser encarado. Resolvi então dar uma volta comigo mesma. Foi legal!

Estava sozinha. E, claro, como palco de fundo, meu eterno amigo lago Paranoá. Não havia sequer nem um rosto conhecido. Isso era bom devido ao momento e ocasião.

Fiquei um tempão olhando para a água. Foi então que me bateu uma felicidade sem razão e sem tamanho. Senti uma conexão absoluta comigo mesma. É piegas sim. Mas foi o que aconteceu. “Sentia um acréscimo de estima por si mesma. Era a primeira vez que lhe escreviam todas aquelas sentimentalidades”, como canta Arnaldo Antunes.

Obrigada, obrigada, obrigada, meu Deus! Ainda sei sentir!

E como tudo é grande para quem ainda sabe sentir.

imagem: http://trovador.files.wordpress.com

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O amor precisa de manutenção

Assim como um carro ou apartamento, o amor também precisa de manutenção. É um saco. Mas é preciso. Quando queima uma luz em casa, e você vai até o armário e percebe que não há mais lâmpadas...daí é que vemos que a manutenção não é tão simples assim. Você pensa: agora terei que me vestir, pegar o carro, tentar estacionar na frente do mercado, depois pegar uma fila básica, pagar e etc etc etc. O simples complicou. Ah, deixa para amanhã. Assim que estiver voltando do trabalho, paro lá no mercado. Aí você esquece. Quando vê, se passaram duas semanas e nada de lâmpadas. E você se acostumando com a penumbra. Daqui a pouco acende até uma vela.

Digo o mesmo para o amor. Vamos deixando para o outro dia, e depois para a semana seguinte, quando você vê, a coisa ficou morna, esfriou! A penumbra tomou conta e depois nem o “candelabro italiano” pode dar jeito.

De repente vem o medo: até quando tudo estará quente? Enquanto houver alguém “avivando as brasas” da fogueira, é óbvio! Se é que me entendem...Por isso, é preciso sempre munir-se da caixinha de surpresas e continuar incendiando a “história de nós dois”. Nem tudo que é verdadeiro se desmancha no ar.

Não se pode destruir o que os dois constroem a cada manhã em que acordam de cara amassada e sorriem um para o outro enquanto escovam os dentes. É preciso manutenção!

Fala-se muito em conquista e pouco em manutenção. O prazer de obter se completa no prazer de estar, ainda que seja por umas poucas horas.

As palavras têm poder. Vamos tirar o peso das coisas; perguntar sinceramente; responder sinceramente. Ou como diz Fernando Bonasi (da coluna Macho da Revista da Folha de S.Paulo), preocupar-se em gostar na mesma medida com que nos preocupamos em “ser gostados”.

Nem sempre é fácil ouvir o coração, mas é o mínimo. A busca pela clareza e o senso de humor derretem corações, pode crer. Quem sabe não conseguimos transformar fins de tardes sem graça em crepúsculos fabulosos?!

imagem: http://www.simplescidade.com.br/

O centro do prazer

Ontem escrevi que fazer nada junto é muito melhor que estar sozinho. É juntar uma turma para jogar conversa fora. Ou simplesmente fazer nada junto. Não estava delirando. O que escrevi é tema de pesquisa sobre “estar bem” da neurocientista Morten Kringelbach, autora do livro “The pleasure center”. Caso alguém se interesse pela obra, é possível comprar pelo site amazon.com.

Segundo a especialista, quase tudo que achamos agradável, inclusive comer e beber, é muito melhor quando estamos em companhia de outras pessoas. Ela disse também que no ranking das coisas que as pessoas mais gostam está o sexo e, em segundo lugar, estar com os amigos.

O prazer pode ser usado também como remédio. Quando estimulamos os pontos certos, a dor desaparece quase que imediatamente. Uma prova disso é a técnica do-in. Sei que há um ponto nos dedos da mão que se massageado faz desaparecer a dor de cabeça.

Para se ter uma vida prazerosa, a cientista diz que não há mágica. Mas aconselha:

”Goze da companhia da família e dos amigos e trabalhe menos. Na verdade, os prazeres mais simples são os melhores”.

S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L!!!

E...simples! Será que corro o risco de ser despedida? Não, não, não!!! Estou de férias.

imagem: http://4.bp.blogspot.com

terça-feira, 16 de junho de 2009

A música une. E nós...

A música sem sombra de dúvida é a linguagem universal. Ela une pessoas de qualquer nacionalidade, raça ou classe social. Seja em Paris ou Pirenópolis no Goiás. É engraçada a comparação. Mas foram exatamente nesses dois lugares que presenciei os momentos mais formidáveis de união pela música. Juntos sim! Simplesmente pelo prazer de cantar e comemorar. Celebrar o fato de que uma andorinha só não faz verão, mas que se juntar mais algumas, podemos formar uma orquestra!

Estive em Pirenópolis agora nesses dias. E a primeira noite foi regada com muita música. Na mesa ao lado, um violão, um instrumento de sopro com uma espécie de teclado (não sei o nome), pessoas bacanas e do lado de cá, nós! Não bastou muito tempo e lá estávamos todos juntos. A nossa turma, a deles e os personagens da vida real que parecem sair de romances de José de Alencar ou quem sabe de uma crônica do Veríssimo. Era o bêbado hippie, o vendedor de iôiô (acho que era isso) – também bêbado, a dona do buteco vizinho (La a Budega), e um chato de outra mesa. Sempre tem um chato, é incrível.

Fui mais além. Fiquei imaginando cada uma daquelas pessoas. Como é o “mundo” delas, se eram sozinhas, ou simplesmente o que a deixavam felizes. O primeiro bebum me chamou a atenção, pois, mesmo estando longe da higiene nossa de cada dia, ele combinava as peças de roupas e pasmem: estava elegante. Com cheiro de bode, mas elegante. Os cabelos milimetricamente cortados lembravam uma cuia, as sapatilhas pareciam combinar com todo o conjunto. E pasmem de novo! Ele pediu silêncio quando começaram a tocar Bolero de Ravel. De uma forma mal educada, mas pediu silêncio. Dizem que ele era gerente de banco e que a “cana” foi o motivo da demissão...vai saber.

O vendedor de iôiô. Ah, esse eu consegui ver sóbrio na hora do almoço uns dois dias depois. Ele era meio chato. Mas quase morri de rir com o comentário dele quando cantávamos Roberto Carlos: “Alciooooooone! Muito bom!”. Não demorou muito apareceu um chato de outra mesa. Apareceu nas fotos, cantou e tentou se “juntar”. Mas esse não ficou muito tempo conosco não. Se fosse mudo, talvez. Estragar a nossa alegria falando coisas ridículas não combinaria. Ele sacou, percebeu, e foi-se embora!

No final das contas, éramos os únicos derradeiros numa rua que estava tão movimentada. Fechamos a conta do restaurante e fomos para o buteco La a Budega. A dona, a Auxiliadora, já nos observava há um tempo. Ela parou, ouviu a música e de repente, lá estávamos nós no bar da simpática senhora rechonchuda de um metro e meio. Ela sentou e começou a cantar, a cantar, a cantar...algo como “coitada dessas moças que se casam com o açougueiro, o alfaiate, o padeiro”. Muito bom!

A noite fechou as suas cortinas. Nada de importante realizado, nada da qual dependesse a paz mundial. Simplesmente jogamos conversa fora, daquelas que perpetuam amizades. Pois estar junto, fazer nada junto, às vezes, é bem melhor do que estar sozinho.

Voltamos caminhando para o hotel. As ruas estavam vazias. Pirenópolis era nossa. Ninguém para incomodar. As casas pintadas de variadas cores pareciam cenários de novelas. E nós...

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Modernidade!


Pirei o cabeção total. Cheguei a conclusão que sou lélé da cuca em potencial. E sabe por quê? Porque recebi um e-mail hoje cujo título é “Saiba quando você começa a ficar doido”. E, tenho a certeza, que sou um caso sério, digno de hospício, acho!

Macacos me mordam, fomos possuídos pela tecnologia e engolidos pelo bicho-papão do trabalho. Acredito que muita gente deve ter se identificado com o e-mail e começado a rir, sozinho. Como testemunha?! O computador é óbvio! O grande companheiro de todas as horas, em todos os aeroportos, em todos os quartos de hotel, em variadas salas de reuniões. E que ainda compartilha do ataque de gargalhadas de “cabeções” como nós. Haja saco!

O e-mail é engraçado (colei logo abaixo) e é real. Não exagera. É aquilo mesmo. Achei que o meu coração fosse parar de bater quando o computador parou de funcionar lá em Belo Horizonte (MG), na última semana. Que desespero! A sorte é que o hotel tinha técnicos de informática. Ufa! Internei o coitado durante toda uma tarde.

Agonia mesmo é discar o zero no telefone de casa. Pô, isso fazemos no trabalho, caramba! Não conseguimos nos desligar nem no final de semana. E isso me preocupa, pois estou de férias. É apenas uma semana, e há dois anos, estou sem descanso. Verei como me comportarei.

Outro ponto culminante em nossas vidas: celular. É capaz de você sair pelado, mas sem o celular, jamais! Não vivemos mais sem ele. Dá uma insegurança tão grande que realmente prefiro ficar nua a sair sem o telefone. Parece que quando estamos sem o aparelho, tudo acontece. É o trânsito que resolve enlouquecer, é o carro que começa a fazer um barulho esquisito. Não falo muito se não atrai.

E outra: quanta praticidade adquirimos com o celular. Mas quanta encheção de saco também. Já perdi as contas de quantas vezes liguei na minha casa lá da garagem, só para pedir ajuda para carregar a ração dos cães.

Temos tido dias difíceis. Trabalhamos feito um cão, como canta os Beatles.

“It's been a hard day's night
And I've been workin' like a dog” (Beatles)





SAIBA QUANDO VOCÊ COMEÇA A FICAR DOIDO

VOCÊ SABE QUE ESTÁ VIVENDO NO SÉCULO XXI QUANDO...

1. Você envia e-mail ou msn para conversar com a pessoa que trabalha na mesa ao lado da sua.

2. Você usa o celular na garagem de casa para pedir a alguém que o ajude a desembarcar as compras.

3. Esquecendo seu celular em casa, coisa que você não tinha há 20 anos, você fica apavorado e volta para buscá-lo.

4. Você levanta pela manhã e quase que liga o computador antes de tomar o café.

5. Você conhece o significado de naum, tbm, qdo, xau, msm, dps ..

6. Você não sabe o preço de um envelope comum;

7. A maioria das piadas que você conhece você recebeu por e-mail (e ainda por cima ri sozinho...);

8. Você fala o nome da firma onde trabalha quando atende ao telefone em sua própria casa (ou até mesmo o celular!!!);

Você digita o '0' para telefonar de sua casa;

10. Você vai ao trabalho quando o dia ainda está clareando, volta para casa quando já escureceu de novo;

11. Quando seu computador pára de funcionar, parece que foi seu coração que parou,

11. Você está lendo esta lista e está concordando com a cabeça e sorrindo

12. Você está concordando tão interessado na leitura que nem reparou que a lista não tem o número 9.

13. Você retornou a lista para verificar se é verdade que falta o número
9 e nem viu que tem dois números 11.

14. E AGORA VOCÊ ESTÁ RINDO CONSIGO MESMO...

15. Você já está pensando para quem você vai enviar esta mensagem

16. Provavelmente agora você vai clicar no botão 'Encaminhar’. É a vida... fazer o quê... foi o que eu fiz também... Feliz modernidade.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Adotar um animal é um ato de amor

Este é o Beethoven, meu cão amigo!

ADOTAR É TUDO DE BOM!!! Quer adotar, doar ou ajudar um animal?

Entre no site
http://www.pazdosbichos.com.br/



Macaco vê, macaco faz!


Você já deve ter ouvido a frase: "Macaco vê, macaco faz". Não que sejamos macacos, mas não ficamos muito atrás. Quando crianças, aprendemos tudo a partir dos exemplos que nos dão. E uma coisa é certa: somos mesmos parecidos com os nossos pais, ou quem sabe, tios e avós. Somos a cópia deles. Quem nunca ouviu: nossa como você se parece com o seu pai!

Na verdade somos os espelhos de alguém mas não só na aparência. Gestos, ações e sentimentos fazem parte do "pacote". O que é bom e ruim ao mesmo tempo, pois se herdamos as características positivas, as negativas podem vir como brinde sem percebermos. É chato, mas é! E o que é pior: é um exercício, uma tarefa difícil tirar esse vício incrustado na nossa personalidade.

Os filhos tendem a seguir os exemplos dos pais. E isso é verdade. Se eles são bem sucedidos financeiramente, as suas "crias" também o serão. Mas se eles são fadados a considerar o dinheiro de uma forma muito difícil e de pouco alcance, os filhos terão o mesmo pensamento.

Ouvi uma historinha boa sobre uma mulher que ao cozinhar o pernil para o jantar cortava as duas pontas da peça da carne. Sem entender, um dia o marido indagou por que ela fazia daquela forma. Ela respondeu: "Era assim que a minha mãe fazia". Naquela noite, todos jantaram juntos, inclusive a mãe. Os dois aproveitaram para perguntar por que ela sempre cortava as extremidades do pernil. A mãe respondeu: "Porque era assim que a minha mãe fazia". Então eles decidiram ligar para a avó dela e saber por que ela cortava as pontas o pernil. A resposta? "Porque a minha panela era pequena!".

A questão é: tendemos ser idênticos aos nossos pais...até em pequenos detalhes!

imagem: http://farm4.static.flickr.com/

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Qual o elogio que uma mulher adora receber?


Bom, se você está com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos: mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles físicos ou morais.

Diga que ela é uma mulher inteligente, e ela irá com a sua cara.

Diga que ela tem um ótimo caráter e um corpo que é uma provocação, e ela decorará o seu número.

Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de espírito,da sua aura de mistério, de como ela tem classe: ela achará você muito observador e lhe dará uma cópia da chave de casa.

Mas não pense que o jogo está ganho: manter o cargo vai depender da suaperspicácia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta.

Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe,que ela tem uma voz que faz você pensar obscenidades, que ela é um avião no mundo dos negócios.

Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade, seu bom gosto musical.

Agora quer ver o mundo cair? Diga que ela é muito boazinha.

Descreva aí uma mulher boazinha. Voz fina, roupas pastel, calçados rente ao chão. Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos sobrinhos nos finais de semana. Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor. Nunca teve um chilique. Nunca colocou os pés num show de rock. É queridinha. Pequeninha. Educadinha. Enfim, uma mulher boazinha.

Fomos boazinhas por séculos. Engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ceguinhas.Vivíamos no nosso mundinho, rodeadas de panelinhas e nenezinhos.

A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas, crucifixo em cima da cama, tudo certinho. Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos alimentando um desejo incontrolável de virar a mesa. Quietinhas, mas inquietas. Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas. Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes,estrelas, profissionais. Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen. Ser chamada de patricinha é ofensa mortal. Pitchulinha é coisa de retardada. Quem gosta de diminutivos, definha.

Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa. Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo. As boazinhas não têm defeitos. Não têm atitude.Conformam-se com a coadjuvância. PH neutro. Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o pior dos desaforos.

Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, é isso que somos hoje. Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos. As “inhas” não moram mais aqui. Foram para o espaço,
sozinhas.

(Martha Medeiros)

domingo, 7 de junho de 2009

Fim da namorada instantânea


Após meses de encontro, você está num relacionamento. Não tem jeito! Não há como negar. Até gostaria mais...até mesmo os livros sobre sedução de mulheres dizem aos caras que, após seis semanas, eles estão sim num relacionamento e é muito mais difícil cair fora. Nossa, até livros de machos eu leio.

Num dos livros que li, os autores explicam que uma das partes mais difíceis de ser um sedutor bem sucedido ou um canalha é o processo do rompimento. Daí, eles aconselham a não sair com mulheres por mais de um mês, porque depois disso, tudo começa a ficar sério. Fica mais difícil se separar. Tudo se complica. Vocês passam a conhecer os amigos e a família um do outro. Se ele é daqueles que atropelam e fogem, depois de um mês haverá testemunhas do crime.

Assim, se você começa a conhecê-lo e ele a acompanha em festas, shows, cinema, é muito menos provável que seja a próxima vítima. Não vai colocá-la em posição comprometedora e depois dar o fora, sabendo que não há ninguém em volta para denunciar o seu comportamento canalha.

Sei que é feio, não é tão gentil nem bacana, mas ainda assim, é preciso manter alguns ovos na cesta, sacou?! Vai que ele faz isso também...talvez seja um galinha e só está passando férias na disneylândia. Quando aterrisar pode ser em cima do seu coração.


imagem: leloveimage.blogspot.png 5

Liberte os seus livros



Dê asas ao livros que têm em casa. Faça um rodízio. Não os deixe criando pó! Simplesmente libere-os para que outros possam compartilhar de boa leitura. Deixe o livro na poltrona do avião, na cabine de um provador de loja, no banco de um shopping, enfim, por onde passar. Vamos transformar o mundo em uma grande biblioteca.

Esse movimento surgiu nos Estados Unidos em 2001, cujo objetivo é deixar o livro em locais públicos para ser achado por um novo leitor. Se quiser, o livro pode ser cadastrado em dois sites, um nacional e outro internacional (
http://www.bookcrossing.com/ e http://www.livrolivre.art.br/). Lá, imprime-se uma etiqueta que deve ser colada no livro, onde há instruções para quem encontrá-lo. O bacana é que dessa forma, voê pode simplesmente acompanhar as "andanças" do livro.

Não vejo a hora de fazer o mesmo!

imagem: http://2.bp.blogspot.com/

terça-feira, 2 de junho de 2009

What up wimster?

Era só o que faltava!


É engraçado quando de repente resolvemos engatar uma primeira e acelerar um pouco o relacionamento. Temos a certeza que o outro (a) já está em auto estrada... daí você pensa, qual é problema?! Vou pegar a estrada. Eba! Mas às vezes o motor do cara parou de acelerar no arranque. Falta vitalidade, força e interesse. Na certa ele é cheio de conflitos ou um babaca mesmo. Enfiou o pé no acelerador? E agora? Troque de carro correndo ou pegue outra estrada, muito melhor, um belo caminho, ladeado de árvores e quem sabe, de fundo, o oceano.

Daí, o jeito é mesmo enfiar o pé no freio, dar no pé...se não é
o mesmo que procurar uma batida. Homens não têm mecanismos de freio. De repente, você já está fazendo todo o trabalho e até pagando o jantar. Daí, ele liga e fala que não está na mesma sintonia ou que é apaixonado pela ex e solta uma linda frase: “NÃO QUERO ENGANAR NEM MAGOAR VOCÊ”. E detalhe: a declaração vem após três meses de intimidade sensacional. É isso mesmo.

Ah, faça-me o favor! Cadê a amizade, a ternura, a empatia?! Não existem. Nem adianta, muitas vezes, trocar a estrada. Já estamos magoados o bastante para fazer isso, a energia se esgota, que sensação!

Então tá, digamos que o carro dele está na oficina, precisa de um novo carburador, uma revisão, sei lá. Deixe-o para lá. Você não vai querer estar com um cara que vai precisar de ajuda na estrada no meio da noite chuvosa porque o carro quebrou mais uma vez no acostamento. Quer ajudar? Ofereça o número de contato do guincho.

*tradução do título: Que é que há, bundão?

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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Apenas para descontrair


Chatice


As pessoas se esquecem muito rápido, e no primeiro obstáculo, troca-se de par. Não há tolerância, muito menos resistência. O que está acontecendo? Alguém consegue me explicar ?????

Hoje em dia, não se pode reprovar coisa alguma, não se escolhe, não se renuncia. Qualquer pedido vira cobrança. E COBRANÇA, ó COBRANÇA, é um pecado mortal, atualmente. É um defeito. Não se pode perguntar para a outra pessoa qual o porquê de não ter sido convidada (o) para se sentar à mesa do bar.


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