sexta-feira, 16 de junho de 2017

Ele preferiu sofrer a amar!



Uma coisa é certa: pessoa que não sabe o que quer, perde! Ela perde porque desiste, porque foge dela mesmo, porque não consegue se encontrar. Essa pessoa sofre duas vezes. Na hora em que deixa o outro e na hora que o outro encontra alguém que sabe muito bem o que quer!
Pois o amor, o amor mesmo, só acaba quando desistimos de nós. Quando fugimos, numa covardia cronológica, atrapalhando os planos, estragando as surpresas, cancelando jantares e passagens aéreas. E o pior: estragando um futuro que podia ser libertador, a chance de tornar a vida mais leve. Mas ao contrário, ele preferiu sofrer a amar!
Em que mundo estava que não percebi que você não se sentia pleno?! Enquanto eu mergulhava mais fundo numa história que acreditava ser nossa, sem saber que eu estava sozinha nisso. Enquanto você fugia...me deixando para trás sem chamar a ambulância. E, sem prestar socorro, lá estava eu no meio da estrada sem saber para onde ir. Deixou o coração em pedaços.
Mas agradeço, o teu medo me ensinou a ser corajosa, a não fugir. A sua saída espontânea e rápida, me ajudou a encontrar sozinha o melhor caminho.
Obrigada por ter fugido de tudo. Obrigada por ter saído da minha vida.


gratidão
substantivo feminino
  1. 1.
    qualidade de quem é grato.
  2. 2.
    reconhecimento de uma pessoa por alguém que lhe prestou um benefício, um auxílio, um favor etc.; agradecimento.

imagem: https://osegredo.com.br/2016/07/gratidao-o-oxigenio-da-alma/

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Não quero companhia para as minhas noites, quero companhia para a minha vida!



Trechos de um texto de Bruna Stamato 

(...)

Não quero companhia para as minhas noites, quero companhia para a minha VIDA.

Não quero mais andar de mãos dadas com alguém, sem as almas estarem juntas. Não quero mais trocar beijos, sem trocar energias. Não quero dar meu corpo, sem poder dar meu coração.

Isso aqui é um pacote completo. E complexo, meu caro. Se você quiser levar meu corpo ao nirvana, vai ter que levar a mente junto. Eu não sei me fracionar. Não sei oferecer somente uma das minhas partes. Eu sou um quebra-cabeça de 10 mil peças.

Há de se querer muito montar.
Há de se ter exímia paciência.

(...)

Não quero mais viver á espera; Na indecisão.
O amor não deixa margens para dúvidas, para indecisões. E, esse é o meu grande problema, é a peça 9.999 que me falta: EU QUERO O AMOR. Eu não quero mais rascunhos e esboços, suspiros efêmeros de um sentimento cujo qual não posso, ao menos descrever.

Eu não quero sair com uma pessoa á qual eu não posso sequer elogiar, porque senão vou estar “sendo boba” e “dando muito mole”. Eu não curto jogos. Só brincadeiras…se é que você me entende…
Eu não quero manter contato com um ser ao qual eu tenho que ficar o tempo todo me lembrando e me policiando, que eu NÃO POSSO ME APEGAR.

Eu quero me apegar! E quero me peguem.

Quero esse amor de novela. Com TUDO que se tem direito, drama, exageros, paixão, choro e vela.
Eu quero sentir meu corpo pulsando; Meu coração disparado de felicidade. Aquela ansiedade, boa, de esperar alguém no portão. Quero sim que me roubem o coração! Sem pedir permissão.
Quero alguém que me prenda a atenção. Que faça o meu corpo suar; A minha alma vibrar; E o meu mundo estremecer.

(...)

Estou muito ocupada, resguardando o meu coração, para quando o grande amor da minha vida aparecer!

imagem: http://www.brunastamato.com.br/2016/11/nao-quero-companhia-para-as-minhas.html



domingo, 11 de junho de 2017

Ode as avessas!



Sabe que...você tem uma maneira muito peculiar de aceitar o amor?

Li e reli as suas mensagens. Mergulhei além das linhas para ter certezas. Cheguei a ler em voz alta alta (que mico!) dando entonações e imaginado os significados. Não adiantou. Dentro de mim uma única palavra martelava: rejeição.

Infelizmente, tudo que escrevemos hoje tem cópia. Mas não atino sobre o que possa ter escrito que merecesse tal laconismo *.

Aliás que noite terrível aquela. Desfazer as malas antes de partir não era a ideia. Esconder de mim que havia programações no meu coração e corações em formato de chocolates para carregar não estavam no plano. Eu, que me considerava expert em estar preparada para as situações difíceis da vida, era quase um Marco Polo em volta do mundo, falava "poliano"...

Doi saber que não se sabe quando se pensa que se sabe.

Hoje, não sei mais nada. Toda a minha literatura, não serviu! Ontem tinha certezas, um monte, tirava todas da bolsa. Foram embora...iguais aos pássaros que voam para o sul em determinada época.

Talvez não devesse escrever essas bobagens. Mas nesse escrever, nesse regurgitamento literário, eu me acho e me perco. Construo lindas frases e destruo outras mil palavras. Mas com você era diferente. O sentimento ia direto do coração para o papel. E assim ia espalhando bilhetinhos pela casa. Nem mesmo relia o que escrevi.

Estou fazendo tudo errado. Eu não deveria estar escrevendo isso. Mesmo diante das circunstâncias, apesar de tudo, eu deveria estar desenhando um lindo pôr-do-sol para lhe enviar. Assim, você o colaria na parede e teria um sol particular. Quem sabe não faria mais uma pessoa feliz nesse mundo com esse simples ato?!

Fico lhe devendo essa.

Agora, estou chovendo!



* Laconismo é um modo breve ou conciso de falar ou de escrever. Foi uma das principais características da sociedade espartana, na região da Lacônia, de onde deriva o termo. Lacônico significa breve, conciso, de poucas palavras (Wikipédia, a enciclopédia livre).

imagem: Correio Braziliense

A Descarada que prefere comprar alface a sofrer!




Chorei sim. Chorei porque estava contente e aquilo não mais faria parte do meu cotidiano. E resolvi seguir os conselhos da vovó que dizia que tínhamos que nos dar 20 dias para encontrar o ponto do equilíbrio e seguir em frente. Os dois primeiros dias foram terríveis, despingolava em tantas lágrimas. Um drama de Roman Polanski!

E agora é o terceiro dia. Péra lá! Onde foram parar as lágrimas?! Isso não está certo. Por quase um ano acordei de conchinha ao lado dele, com fundo musical e café da manhã caprichado. E hoje é o terceiro dia de luto.
Tentei chorar juro. Dizem que limpa a alma abrir o berreiro de vez em quando. Pois bem, acordei, não chorei, coloquei uma música muito triste para me abastecer de nostalgia e saudades de um dia bem frio...mas não rolou. Estava sol e era domingo, dia de feira e ginástica. Preferi comprar alface, chia e farinha a sofrer!
Acordar com a alma em coma tem seus dias contados. Afinal, foi um bom tempo de entrega e de amor, de verdade. Ah vai era amor. E esse amor “gostosuro” tinha fechado os trabalhos comigo.
As nossas fotos, provas de que ele me olhava diferente, foram guardadas em alguma pasta do computador. Não me deu tempo de revelar. E nem de velar.
Pois começo um curso em alguns dias, tenho dois livros para terminar, um sobre o poder do pensamento e outro sobre o que as francesas sabem. E além disso, tirei mais uma hora do meu dia para recuperar as forças e voltar a tocar piano. Até que saiu um “I loooove you baby” entre uma e outra nota emocionada.
Eu gosto da minha vida, eu gosto do meu cabelo (muito, me acho!), adoro a minha bunda, mas não acho isso tão importante. Prefiro ter alguém a estar sozinha, mas não acho isso mais tão importante. Eu gostava de você, mas desde que você foi embora pensei: "Ah, dane-se". E depois emendou com um “putz”. Daí pensei, a pequena princesa do povo, eu, virou um adulto descarado. Pode ser uma grande perda pra subpseudoliteratura nacional, mas acho que já estava na hora.

(inspiração em Tati Bernardi e citação de alguns trechos)