sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Quem vai pegar o meu buquê?

Nunca fui preocupada com casamento não (digo, não muito. é óbvio que toda mulher pensa no assunto). Semprei coloquei outras prioridades antes de assumir o enlace eterno. Mas hoje me deu um click. Não sei o que foi. É difícil explicar. Mas como praticamente todas as amigas já casaram e primas também, pensei: QUEM VAI PEGAR O MEU BUQUÊ quando chegar a minha vez?!

Jogar buquê sem platéia não tem graça. Será que terei que alugar meninas-que-querem-casar? Pensei até num anúncio de jornal. Esplêndido. Criativo. Seria o máximo e quem sabe até motivo de crônica da vida ou novamente, quem sabe um Retrato Falado, no Fantástico, que nem existe mais - o que é uma pena!

"Meninas-que-querem-casar,

Noiva procura moças de todo o Brasil que estejam disponíveis para pegar o buquê. Seja a próxima noiva. Apenas faça escolhas certas: um homem bom. Aquele - meio com ar de Vinícius de Moraes - mas que não faça de você a sétima esposa. Aquele que crê e ache você a "coisa mais linda" do mundo."

Só queria ver, ah como queria. Acho que até daria um roteiro de filme.


Mas voltando ao assunto...quem vai pegar o meu buquê???


imagens: http://hypedesire.blogtv.uol.com.br/img/Image/MulheresPossveis/
http://www.arcodavelha.eu/wp-content/uploads/corrida-noivas.jpg

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Vá tomar banho!

Era exatamente esta a receita do médico grego Sorano de Éfeso: Vá tomar banho. E beba água!

Li isso esses dias. Adorei! Vou explicar. O paciente que se consultava com o médico visionário e sofria de depressão ou estava muito agitado, recebia apenas a receita médica de ir tomar banho e beber água numa fonte, localizada próxima a Roma. Isso 2 a.C, imagina!

Sabe por quê? Sabe-se, hoje, que tal fonte é rica em lítio, principal medicamento usado no tratamento do distúrbio bipolar.

Sensacional!


imagem: http://www.lindoia.com.br/wallpaper/

Ensaboa, ensaboa...


Tem uma música da Daniela Mercury em que ela canta: “Na roupa lavada, ficou a mágoa, ficou a mágoa”. Uma melodia muito legal, gostosa mesmo de ouvir. Tem até um pianinho no fundo. E aí, ela repete mais uma vez: “Na roupa lavada, ficou a mágoa, ficou a mágoa”.

Daí pensei, hoje, enquanto dirigia rumo ao trabalho (lê-se aqui tronco, prisão, martírio): por que as pessoas gostam tanto de lavar a roupa suja, discutir a relação, colocar os pingos nos “i”(s)?! Será que não percebem que muitos corações, muitas mentes, não só a do casal, ficarão magoados?

E, olha, não estou viajando na maionese não!!! Outro dia, uma amiga minha resolveu “juntar os panos de bunda” com o namorado. Eles terminaram umas 17 vezes. Se amam, mas morrem de ciúmes um do outro. Várias vezes ela me jurou de pé junto que nunca voltaria para ele. E ele mais outras 17 vezes disse que ela era louca e não tinha mais jeito. Pois bem, voltaram. Espero que sejam felizes para sempre.

Mas nesse período mega-punk-foguete-rápido de juntar os panos numa trouxa e organizar no local escolhido pelos dois, ambos resolveram lavar a roupa suja. É isso mesmo. Abriram a vida um do outro. A individualidade não existiria mais. Não mais. Um trato para que a vida a dois começasse do zero. Será?

Será que mostrar e-mails antigos, deletar contatos no orkut (rede de relacionamentos) ou messenger (bate-papo) é mesmo começar do zero? Acredito que não. Dessa forma, eles começarão a partir do 000 ou do 0017 ou do disque 0800. Nenhuma amizade ou qualquer tipo de relacionamento começa – ou recomeça – depois de tanta mágoa, aborrecimento. Ainda assim espero que sejam felizes. E é o que desejo para todas as pessoas que estimo.

Quero apenas repetir: lavar roupa suja é igual à canja de galinha (como cantava Tim Maia, e como canta Jorge Bem, meu chapa). Não faz mal a ninguém. Mas o caldo pode causar um desconforto sem igual...

“Na roupa lavada, ficou a mágoa, ficou a mágoa. Na roupa lavada, ficou a mágoa, ficou a mágoa” (...)
(Vestido de Chita – Daniela Mercury)




imagem: http://1.bp.blogspot.com

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Para mim os animais importam

Esse é o meu cão Beethoven

Ajude-nos a atingir o reconhecimento mundial que os animais merecem. Eles podem sentir dor e sofrer. Temos que pôr um ponto final nesta crueldade em todo o mundo. Vamos recolher 10 milhões de assinaturas para que os governos do mundo todo tomem conhecimento do nosso maior objetivo: Declaração Universal do Bem-estar dos Animais nas Nações Unidas.

Clique aqui para ver mais detalhes e assinar a petição:
http://www.animalsmatter.org/

As Mulheres (segundo Arnaldo Jabor)

O cara faz um esforço desgraçado para ficar rico pra quê?

O sujeito quer ficar famoso pra quê?

O indivíduo malha, faz exercícios pra quê?

A verdade é que é a mulher o objetivo do homem.

Tudo o que eu quis dizer é que o homem vive em função de você.

Vive e pensa em você o dia inteiro, a vida inteira. Se você,mulher, não existisse, o mundo não teria ido pra frente.

Homem algum iria fazer coisa alguma na vida para impressionar a um outro homem, para conquistar um sujeito igual a ele, de bigode e tudo.

Um mundo só de homens seria o grande erro da criação. Já dizia a velha frase que "atrás de todo homem bem-sucedido existe uma grande mulher". O dito está envelhecido. Hoje eu diria que "na frente de todo homem bem-sucedido existe uma grande mulher".

É você, mulher, quem impulsiona o mundo.

É você quem tem o poder, e não o homem. É você quem decide a compra do apartamento, a cor do carro, o filme a ser visto, o local das férias. Bendita a hora em que você saiu da cozinha e, bem-sucedida, ficou na frente de todos os homens.

E, se você que está lendo isto aqui for um homem, tente imaginar a sua vida sem nenhuma mulher. Aí na sua casa, onde você trabalha, na rua. Só homens.

Já pensou? Um casamento sem noiva? Um mundo sem sogras?

Enfim, um mundo sem metas.


ALGUNS MOTIVOS PELOS QUAIS OS HOMENS GOSTAM TANTO DE MULHERES:

1- O cheirinho delas é sempre gostoso, mesmo que seja só xampu.

2- O jeitinho que elas têm de sempre encontrar o lugarzinho certo em nosso ombro.

3- A facilidade com a qual cabem em nossos braços.

4- O jeito que têm de nos beijar e, de repente, fazer o mundo ficar perfeito.

5-Como são encantadoras quando comem.

6-Elas levam horas para se vestir, mas no final vale a pena.

7- Porque estão sempre quentinhas, mesmo que esteja fazendo trinta graus abaixo de zero lá fora.

8-Como sempre ficam bonitas, mesmo de jeans com camiseta e rabo-de-cavalo.

9-Aquele jeitinho sutil de pedir um elogio.

10- Como ficam lindas quando discutem.

11- O modo que têm de sempre encontrar a nossa mão.

12- O brilho nos olhos quando sorriem.

13- Ouvir a mensagem delas na secretária eletrônica logo depois de uma briga horrível.

14- O jeito que têm de dizer "Não vamos brigar mais, não.."

15- A ternura com que nos beijam quando lhes fazemos uma delicadeza.

16- O modo de nos beijarem quando dizemos "eu te amo".

17- Pensando bem, só o modo de nos beijarem já basta.

18- O modo que têm de se atirar em nossos braços quando choram.

19- O jeito de pedir desculpas por terem chorado por alguma bobagem.

20- O fato de nos darem um tapa achando que vai doer.

21- O modo com que pedem perdão quando o tapa dói mesmo (embora jamais admitamos que doeu).

22- O jeitinho de dizerem "estou com saudades".

23- As saudades que sentimos delas.

24- A maneira que suas lágrimas tem de nos fazer querer mudar o mundo para que mais nada lhes cause dor.

Autor: Arnaldo Jabor


imagem: http://www.coresprimarias.com.br/

Ganhei um jardim


Receber flores é muito mais que receber flores, entende?

É receber um jardim. Aliás qualquer jardim – até o de Luxemburgo, em Paris -, ficaria pequeno diante disso.

Receber flores – as mais lindas do mundo - é saber que ‘ele’ gosta de você.

Não que precise de provas, isso nunca.

Receber flores é sentir-se uma delas.

Recebi flores. As mais lindas que já vi.

A síndrome da mulherzinha-quer-receber-flores passou.

Tentei aumentar o máximo que pude da vida de cada uma delas.

Trocava a água todos os dias. Colocava aspirina. Até batia um papo com elas...

Não foi o suficiente. Elas se foram. O perfume acabou.

Mas diz um provérbio chinês que sempre fica um pouco de perfume nas mãos de quem oferece flores!

E as mãos de quem me ofereceu as flores são mais que perfumadas.

Ternas!

A música é poderosa

A música me toca de maneira intensa. Por isso volto neste assunto sempre que vivo uma situação de emoção musical. Outro dia, estava sozinha, numa daquelas lojas imensas de grife, em Madri, na Espanha, quando de repente, escuto o Frank Sinatra. “Night and day / you’re the one / only you...”. É difícil explicar, mas ao escutar a mesma música novamente no meu carro ou no quarto não é a mesma coisa. Lá fui pega de surpresa. Sentia-me só, tinha saudades de sobra e, naquele momento, a vontade era de estar ao lado de alguém especial e até – quem sabe – rodar, ensaiar uns passos, sei lá. Quem se importa com os outros?! Eu não.

Aliás, viagens são excelentes meios de viver momentos musicais. Paris é um lugar mágico para isso. Filmei altas cenas de expressões musicais.

Em Paris

A música realmente nos faz sentir. Não importa o estilo. Quem não sente um arrepio ao escutar a guitarra do Slash em “Don’t you cry”? Dá até frio na barriga igual quando escutei pela primeira vez aos 11 anos de idade. Ou dor ao escutar as choronas do jazz, como Billie Holiday em “I’m a fool to want you” ou “I cried for you”? Ou simplesmente se emocionar com Adios Noninos de Astor Piazzola? Faça me o favor! Não posso esquecer dos imortais brasileiros como Toquinho e Vinícius.



É de arrepiar! E nem precisa tomar um choque. Basta apertar o play ou limpar os ouvidos. Ou prestar mais atenção. Ainda assim, dizem que os efeitos da música sobre o cérebro não foram totalmente desvendados. Que cara de pau, qualquer pessoa pode avaliar o poder da música.

A música pode tratar doenças e reduzir o estresse. A música atinge todos. Ela desenvolve os sentidos
.

Quando era bebê, minha mãe colocava um radinho debaixo do berço só com música clássica. O mesmo foi feito com o meu irmão. Os resultados são notáveis. Nós dois tocamos instrumentos. Tenho um senso de direção que é incrivelmente masculino (diga-se de passagem muito melhor que o feminino). Nunca estou perdida. E a minha capacidade de atenção e calma ao escutar uma boa música ajuda a finalizar tarefas árduas no trabalho.

Por isso, digo e repito, a música é poderosa. Não é à toa que a indústria tenha inventado álbuns do tipo “Beatles for babies”, “Mozart for babies”, “Música para relaxar”, “para meditar”, “para amar”...o que acha de inventarmos MÚSICA PARA ESTIMULAR BOAS AÇÕES? O mundo precisa desse tipo de música o mais rápido possível!!! “Won’t you please, help me?”


Cris e eu em Paris. Note o violinista atrás.


Retiro em Madri (vídeo)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A maldade é um círculo viciante


Não há dúvidas. Maquiavel era um gênio. O homem é mesmo mal por natureza. Queria mesmo saber como o filósofo chegou a tal conclusão. Acho que um bate papo seria o caminho, como se fosse numa entrevista para jornal. Cada dia tenho mais convicção que o homem é mal sim. E engana-se quem pensa que maldade é apenas amarrar o rabo do gato, dar um soco em alguém, puxar o cabelo da menina na escola ou fazer alguém chorar. Ser mal é não se colocar no lugar do outro. É impedir que se trafegue no trânsito simplesmente porque não está a fim de conceder a passagem. É gritar com a namorada ou namorado por uma coisa mínima. É ser impaciente. Não esperar. É esquecer que o outro já te esperou também.

Acabo de assistir no cinema o filme “Bastardos Inglórios” que faz uma releitura do nazismo. A diferença com os outros filmes que tratam do mesmo assunto é que, dessa vez, os judeus têm a chance de revanche. É claro que não contarei sobre esta obra. Mas o fato é que não entendi o porquê das pessoas rirem tanto no cinema. A violência não é comédia. Não se paga na mesma moeda, embora os alemães nazistas ridículos merecessem. A cada tiro, a cada morte, a cada sangue jorrado, gargalhadas formavam um coro quase que ensaiado na platéia. O show não estava na imensa tela. E sim ao meu lado.

Não consigo entender porque o preconceito pode ser motivo de guerra. Ou a religião, no caso do Oriente Médio. Neste caso, a religião é apenas uma desculpa, o estopim da guerra é questão de fronteira, de disputa de terras. Acredito que no caso da Alemanha, na segunda grande guerra, a raiva dos judeus era puramente uma desculpa. Talvez esteja falando bobagem, nunca li biografia do Hitler, mas ou ele era louco (isso é certeza) ou ele era filho de judeu. Um judeu mal. Só isso para justificar tanta raiva e sede de vingança.

Nenhum povo é melhor que o outro. Ninguém é melhor que ninguém. É certo que alguns são mais asseados. Outros têm menos preocupação com a higiene. Uns produzem carros potentes, maravilhosos. Outros têm uma tecnologia invejável. Mas, no fundo, somos todos os iguais. Tudo farinha do mesmo saco.

O grande ponto em comum é a maldade. Um círculo viciante! Estou num momento xenofóbico. Acabo de chegar de viagem. E, o continente europeu, dessa vez, não soube me amar. É isso mesmo, igual na música do Blitz. “Você não soube me amar”. Também não quero mais ser receptiva com nenhum estrangeiro. Se por acaso, um belo dia, algum gringo me perguntar onde fica o Maracanã, mandarei os caras para um lugar totalmente diferente: a favela da rocinha. Babaca! O duro é que é capaz deles gostarem pois brasileiro que é brasileiro é bacana seja na rocinha ou na Barra da Tijuca. Temos um coração enorme. Não importa a classe social.

É errado pagar na mesma moeda. Poxa, acabei de escrever sobre o assunto. Mas que vontade que dá de devolver o troco!

Repito quantas vezes for necessário: O BRASIL É O MELHOR PAÍS DO MUNDO!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O Brasil é o melhor país do mundo


Viajar para o exterior não é todo esse glamour que todos pensam. O turista nunca tem tempo. É incrível. Não tem tempo para dormir. Não há tempo para conhecer tudo o que estava programado. Muito menos tempo para “cair na noite”.

Acredito que o turista feliz é aquele que vai para o Brasil. Nós brasileiros somos bons demais. Recebemos qualquer nacionalidade de braços aberto. Ao contrário do que fazem conosco. Somos tratados como bobos. Tentam explicar algo que já sabemos. Mesmo que seja um detalhe pequeno como o porquê de terem estragado a mala. Ás vezes, a única palavra que queremos ouvir é um “sinto muito”, pois a palavra “desculpe-me” seria esperar demais.

O pior de tudo é viajar em companhias aéreas dentro da Europa. Uma mala grande não é aceitável. O máximo é uma bagagem de 15 quilos. Pronto e acabou. Agora está explicado o porquê do cheiro das européias. É o mesmo sempre. Acho que vestem a mesma roupa 15 vezes. Terrível!

Mas vamos lá para a minha experiências em vôos pela Europa. Depois de passar pelo embarque, ser revistada até a alma, e ver os absorventes íntimos carregados na bolsa nas mãos dos guardas assim que se passa pela barreira eletrônica, daí você pensa, “ah, o pior já passou”. Aí é que se engana! Momentos antes de se entrar no avião, uma enorme fila se forma, e só depois fui entender o porquê da procissão: não há assentos marcados. Fiquei com receio de passar a viagem em pé.

Daí quando enfim entra no avião, você pensa que tirará então aquela merecida soneca. Enganada novamente! O cheiro ruim impregna o avião, as poltronas não baixam o encosto, e o show “do milhão” estás prestes a começar. Lá vai se embora a soneca. E para completar uma criança chorona não se cansa de tanto pranto. Como sofre!

A chacrete-aeromoça então pega o microfone, grita, distribui o cardápio que serve sanduíches fedidos a ovo podre, daí você pensa: estou realmente no contrário do paraíso. Quando pensa que tudo acabou...O comissário ‘teen’ anuncia os prêmios das raspadinhas. Acredite se quiser. Vendem raspadinhas dentro do avião. E se quiser uma é bom que esteja com o dinheiro contadinho. Não há tempo para troco. Para simular o barulho da roleta mágica – que fará de você um milionário -, o comissário-paquito, bate com os dedos no microfone como se estivesse tocando um instrumento. Um show business, acredite se quiser!

Diante tamanho agito, depois de apreciar sanduíches fedidos (eu não, nem se tivesse com uma fome de leão), a senhora do assento da frente, do lado esquerdo (graças a Deus, o meu era o da direita, atrás), regurgita!


É verídico, juro que é verdade. Penso em enviar a história para o programa nosso de todos os domingos, o Fantástico.

Nunca viaje de avião, vá sempre de trem. É uma delícia e super tranquilo.


Créditos: http://gilgiardelli.files.wordpress.com/
http://gilgiardelli.files.wordpress.com/2008/07/brasil.jpg

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Londres foi feita para se imaginar

“Londres, final do século XIX, noite fria e com as típicas névoas locais. Uma mulher, prostituta, anda despreocupadamente nas ruas sujas de Whitechapel. Alguém a segue... alguém a espera... pouco depois, esse alguém aborda a prostituta e a estripa cruelmente, chegando a degolá-la! O corpo é encontrado. Policiais levantam pistas, hipóteses, caçadas humanas... mas não conseguem encontrar Jack, o Estripador! E jamais conseguiram!"

Acho que não bato muito bem de vez em quando. Mas quando andava pelas ruas de Londres, pensava no Jack, o Estripador. Um assassino lendário. Nunca foi descoberto!

Outras horas pensava no Sherlock Holmes. Embora este seja um personagem fictício, imagina se ele tivesse existido de verdade? E bem na época do estripador? Talvez o caso fosse encerrado. E Jack iria para detrás das grades. Ou não. O jeito que Jack era...note a intimidade no Jack! É capaz que Holmes fosse apenas mais uma vítima. Bem, que o detetive não era mulher. E Jack assassinava apenas mulheres, mulheres da vida. Quanto preconceito.

Acho que Jack fora criado numa casa cheia de prostitutas. E a mãe dele era uma delas. Só isso mesmo para justificar tanta raiva por essas mulheres.

Pois bem, Londres de Sherlock ou Londres de Jack, é a Londres de todos. Dizem que é difícil conseguir uma autorização para morar na cidade do fog, mas o que percebi foi totalmente o contrário. Londres é mesmo de todos. As mais variadas raças se encontram na cinzenta cidade. É o inglês mais difícil do mundo. Lá se ouve o inglês indiano, o inglês árabe, o inglês português...o inglês britânico mesmo, pouco se vê.

Ah, já ia esquecendo. Londres de Oscar Wilde que também viveu em Baker Street – mesmo bairro do criador de Sherlock Holmes.

Londres é mesmo inesgotável! Há muito para se ver e imaginar. Imaginar então é um dos meus verbos prediletos. E Londres parece ter nascido justamente para isso: nós fazer imaginar. Adorável!


crédito da foto: EU! Sim eu mesma tirei. Não
é montagem.

domingo, 11 de outubro de 2009

O vestido mais lindo do bairro

A história é verídica. O vestido mais lindo do bairro era o meu. Naquele primeiro dia de sol, na Europa, depois de quase dez dias, só de casacos, coloquei um vestido. Era a primeira vez que usava uma super roupa de verão naquele continente. E nem imaginava que a estréia – do vestido novo comprado em Londres - seria num domingo em Madri.

Éramos três: eu e um casal. Um número cabalístico. Paramos para almoçar num dos cafés mais antigos de Madri, localizado na rua 3. Pedimos 3 pratos (tapas) e repartimos entre nós. Digo nós três!

De repente, um rapaz, ao pedir o isqueiro emprestado na nossa mesa, disse: “Muchas gracias, y, por favor, dile a esta mujer que ella tiene el vestido más lindo de todo el barrio!” (Muito obrigado, e, por favor, diga a esta mulher que ela tem o vestido mais lindo de todo o bairro).

Estava de costas. Apenas esperava o banquete, escolhido com muito carinho pelo espanhol nato, namorado da minha amiga cearense importada de Brasília direto para Madri. Nem sequer vi a cara do sujeito. Só achei simpático. Ser elogiada por estranhos é sem dúvida saber que as escolhas que faço são geralmente certeiras. Ou pelo menos naquele dia!

A mulher do vestido mais lindo do bairro realmente se sentiu com o vestido mais lindo do bairro. Não digo a última coca-cola do deserto ou o último pacote de biscoito do supermercado, mas sim, A MULHER COM O VESTIDO MAIS LINDO DO BAIRRO.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Christine é uma quenga!


Assisti “O Fantasma da Ópera”, em Londres, há dois dias. Nem precisa dizer que, de fato, a ópera é um espetáculo. O balançar do suntuoso lustre, logo no início da obra, deu-me vontade de querer estar nele, como num enorme balanço oscilante. Assistiria de camarote, confortavelmente, o drama do triângulo amoroso. O cenário do teatro Her Majesty era meio aterrorizante. De verdade, me vi no filme “O Advogado do Diabo”, bem naquela parte, quando as estátuas criam vida. Uma delas me vigiou o tempo todo. Bom, arte é arte, ainda assim!

Mas a ópera é de arrepiar. A música invade de tal forma que é possível sentir a resposta do corpo diante de tamanha emoção. Não sei o que aconteceu comigo. Não me emocionei no ápice, quando então a canção “All I ask off you”, é cantada e interpretada.

No fundo, no fundo, o romance-ópera não tem nada de lindo não. Só as músicas. A Christine, atriz principal, é uma quenga. Rapariga. Mais indecisa que o signo de gêmeos. Não sabe se fica com um ou com o outro. Beija os dois. Quebra o coração de um. Faz o maior drama. E pelo jeito tem o maior borogodó. Dois homens a queriam como esposa ao mesmo tempo.

Eu mudaria todo o roteiro. E o destino de Christine seria igual ao da Cristiane F - aquela personagem de outro filme, drogada e ...não precisa mencionar o resto!

Daí, o Fantasma se casaria com “a Fantasma” que cozinharia pastel de vento aos domingos. E o bonitinho lá, o noivo da quenga, fugiria para Casablanca. Lá, ele e os filhos de Christine (resultado do rolo com os amantes dela) montariam um cassino. Um deles poderia atirar no próprio irmão, roubar todo o dinheiro da família, e fugir para o Brasil. A peça encerraria com a música Garota de Ipanema...pois na verdade o filho virara travesti, a garota da praia. Um sucesso!