sexta-feira, 19 de junho de 2009

Em que pé está

Não tem jeito. A hora sempre chega. E o monstro verde com sete cabeças aparece bem na sua frente e pergunta: Em que pé está?

Nãããão, agora não. Deixe-me curtir só um pouco mais, sr. Monstro. Ainda não. Não solte os aliens da insegurança agora.

É duro, é chato, e tem que ser encarado. Resolvi então dar uma volta comigo mesma. Foi legal!

Estava sozinha. E, claro, como palco de fundo, meu eterno amigo lago Paranoá. Não havia sequer nem um rosto conhecido. Isso era bom devido ao momento e ocasião.

Fiquei um tempão olhando para a água. Foi então que me bateu uma felicidade sem razão e sem tamanho. Senti uma conexão absoluta comigo mesma. É piegas sim. Mas foi o que aconteceu. “Sentia um acréscimo de estima por si mesma. Era a primeira vez que lhe escreviam todas aquelas sentimentalidades”, como canta Arnaldo Antunes.

Obrigada, obrigada, obrigada, meu Deus! Ainda sei sentir!

E como tudo é grande para quem ainda sabe sentir.

imagem: http://trovador.files.wordpress.com

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