Quando estudei literatura em Paris fiquei ainda mais próxima dos meus escritores prediletos (que são vários). Mas hoje destaco Charles Baudelaire, um poeta boêmio, tradutor e crítico de artes. Ele nasceu em 9 de abril de 1821.E morreu com apenas 46 anos. Abaixo um lindo poema que adoro.
Tentei fazer uma boa tradução:
- Charles BAUDELAIRE (1821-1867)
Le parfum
Lecteur, as-tu quelquefois respire
Avec ivresse et lente gourmandise
Ce grain d'encens qui remplit une église,
Ou d'un sachet le musc invétéré ?
Charme profond, magique, dont nous grise
Dans le présent le passé restauré !
Ainsi l'amant sur un corps adore
Du souvenir cueille la fleur exquise.
De ses cheveux élastiques et lourds,
Charme profond, magique, dont nous grise
Dans le présent le passé restauré !
Ainsi l'amant sur un corps adore
Du souvenir cueille la fleur exquise.
De ses cheveux élastiques et lourds,
Vivant sachet, encensoir de l'alcôve,
Une senteur montait, sauvage et fauve,
Et des habits, mousseline ou velours,
Tout imprégnés de sa jeunesse pure,
Se dégageait un parfum de fourrure.
O perfume
Leitor, você já alguma vez respira
Com embriaguez e ganância lenta
Esse grão de incenso que toma conta de uma igreja.
Ou um sachê de ervas degeneradas?
Charme profundo, mágico, que nos deixa intoxicados
No presente, o passado restaurou!
Assim gosta um amante sobre um corpo
Da lembrança colhe a flor deliciosa.
De seus cabelos macios e pesados,
Vida sachê incensário do nicho (ou da alcova),
Um cheiro que subia, selvagem como um animal,
E as roupas, mousseline ou veludo,
Todas impregnadas pela sua juventude pura
Ficavam livres de um perfume de pele (odor agrável)
Une senteur montait, sauvage et fauve,
Et des habits, mousseline ou velours,
Tout imprégnés de sa jeunesse pure,
Se dégageait un parfum de fourrure.
O perfume
Leitor, você já alguma vez respira
Com embriaguez e ganância lenta
Esse grão de incenso que toma conta de uma igreja.
Ou um sachê de ervas degeneradas?
Charme profundo, mágico, que nos deixa intoxicados
No presente, o passado restaurou!
Assim gosta um amante sobre um corpo
Da lembrança colhe a flor deliciosa.
De seus cabelos macios e pesados,
Vida sachê incensário do nicho (ou da alcova),
Um cheiro que subia, selvagem como um animal,
E as roupas, mousseline ou veludo,
Todas impregnadas pela sua juventude pura
Ficavam livres de um perfume de pele (odor agrável)
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