Nunca pulei carnaval na vida. E ainda assim tenho saudades do carnaval. Saudades de um carnaval que não vivi pois nem existia. Um carnaval que está vivo para mim pois existem fotos dos avós nos bailes. Uma memória mais do que viva. Uma prova de que o carnaval - mesmo sendo sinônino de farra e bagunça - tinha um caráter mais respeitoso. Acredito!
As marchinhas eram charmosas. As letras das músicas não respiravam vulgaridade. Não tranformavam o amor em banalidade. Notem que o axé music - na maioria das vezes, não são todas as músicas, deixo claro isso aqui - só remetem a um amor que não deu certo, e que mesmo havendo o sentimento não há mais chance. Fora as canções repetitivas que berram o ridículo. Outro dia, na Bahia, escutei 500 vezes a mesma música: jogue o ombrinho para cá, jogue o ombrinho para lá. Escutei também um tal de "quer botar na boca, quer botar na boca". Achei que fosse enlouquecer! Como é que as pessoas conseguem gostar disso? Vamos combinar, né?!
Bom, mudando de assunto e no clima de carnaval, peço aos DJs abençoados que coloquem boa música na caixa e solte o som. Então, "Taí", da imortal Carmem Miranda...
Bom, mudando de assunto e no clima de carnaval, peço aos DJs abençoados que coloquem boa música na caixa e solte o som. Então, "Taí", da imortal Carmem Miranda...
PS: Já fui a um baile de carnaval sim. Devia ter uns 4 anos e tinha flores no cabelo. Uma perfeita havaiana no clube Pica-Pau em Araguari (MG).
"Essa história de gostar de alguém
Já é mania que as pessoas têm
Se me ajudasse, Nosso Senhor
Eu não pensaria mais no amor"
(Taí - Carmem Miranda)
Notem os dançarinos de frevo no palco.
Uma versão moderna de Ta-hi. Intercalada, está a voz da imortável Carmem Miranda.
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