quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Que horas o trem parte?

"Que horas o trem parte?". E foi assim que um mineiro começou a amizade com outra mineira "paraguaia" brasiliense. Em pleno Rio de Janeiro, Araguari e Uberlândia se encontraram. No alto do Pão de Açúcar, enquanto esperavam o trem, o faladeiro e simpático professor de história conheceu uma jornalista contadora de histórias, eu! O divertido mineiro é tão doce que um pouco mais cedo, na Urca, conheceu a boa moça paulistana dentista. Boa moça hoje em dia é artigo em extinção. Ainda mais sozinha no Rioo, morou?! Pronto, o time estava formado e o clima de amizade invadiu as nossas almas.
 
Partimos todos no mesmo trem. Acenamos o nosso gesto de despedida para o Cristo Redentor e descemos a serra. Fomos enfiar o "pé na jaca" literalmente no histórico Parque Laje, bem embaixo do nosso protetor que continuou a nos abençoar em meio a tantas jacas. Era jaca pra "daná", uai! Delícia de programa e companhia. Chá chinês com bolo duro e sopa de meia suja, como turista sofre, mas nem isso foi capaz de tirar a nossa harmonia e bom humor.
 
O Rio ao nossos pés, mas o GPS não nos permitiu nos perder. Pena, o Rio já faz parte do meu mapa. Ainda assim, o dia seguinte prometeu que "chutaríamos o pau da barraca" na feira de São Cristóvão. Decepção para o mineiro que levou horas se perdendo por lá, mas não encontrou barraca pra chutar. Muito menos a sandália de couro que tanto queria! Sem problemas, a paulistana boa moça nos esperava em Copa num lugar mágico. E lá fui eu, de Ipanema para o Forte de Copacabana, para outro grande encontro. Papo bom, felicidade com lente de aumento e planos para um chop mais tarde. Pedalada no calçadão no dia seguinte e um churrasco com os alemães.
 
E no que isso deu?! Amizade com açúcar no feijão! É, alemão entende de salsicha, mas de feijão, passa longe. Açúcar só se for para adoçar a vida e não o feijão. Vamos botar água no feijão, como diz Chico Buarque, assim pode chegar mais gente, mais amigos, mais Rio, mais mundo. Vamos celebrar!
 
Um abraço forte aos meus novos amigos Luís e Clarissa. Até a próxima viagem! Que Deus nos abençoe e Sarava!!!! Muito samba, chop gelado, gente feliz e alegria no ar. Assim, em breve, será a nossa próxima viagem.
 
 
Nós! Luiz, Clarissa, eu Carol e minha mãe.
 
 
O "TREM " do Luiz que morre de medo!
 
 
Almoço debaixo do Cristo!
 
 
 
Ricardo, o gatinho do redentor. Foi adotado por um garçom do restaurante.
Fomos atendidos pelo simpático Antônio Brito, 40 anos de casa.

 
Enfiando o pé na jaca!


 
Adoro espreguiçadeiras, essa aí fica mais especial por conta do visual, rs!
Da Urca é o que se vê.
 
 
Cantinho francês no Forte de Copacabana.
Já ouviu falar em geleia de alecrim? Lá tem!
 
 
Limonada com água de rosas no bistrô orgânico Zaza, em Ipanema!

 
Bicicleta e água de côco à caminho da academia de ginástica.
 

 
La Bicyclette, boulangeria francesa no Jardim Botânico.
Très Bien! Super. Este pain du chocolate estava parfait.
 
 


 

 
 

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Amei demais...

Amar alguém é emprestar a alma por inteiro, é abrir a guarda e mão de si mesmo. Pedimos desculpas, mesmo quando estamos certos. Morremos de saudades. E parcelamos o presente do Natal em 12 vezes. Nem ligamos para isso...
 
Desamar é ter frio na barriga (não aquela borboleta na barriga, isso é bom) e o coração batendo igual a escola de samba. É estar no banco e ouvir o toque do celular igual ao que colocava quando ele ligava e procurar na bolsa de forma inconsciente o telefone. Vai que é ele! Não, não era o seu telefone. É emagrecer uma porção...e depois tentar corrigir! É voltar a jogar tênis, rezar e a pintar, tudo para esquecer. É se matricular num curso de francês e planejar uma vida longe...
 
Enfim, o texto abaixo é bacana. E fácil de se identificar!
 
 
"Já faz algum tempo, recebi uma mensagem de um ex-namorado, que dizia: ´vou passar o resto da vida me perguntando por que não deu certo´. Eu tinha todas as respostas, mas achei que nem era mais hora de falar.
 
Depois de oito anos de namoro, ele ficou em dúvida. Sofri com a dúvida dele. Mas a dúvida dele acendeu um ponto de interrogação dentro de mim. Terminei o namoro e não olhei para trás. Nunca olho.
 
Sofro como um cachorro por um amor que quero que dê certo, mas quando desisto, deixo de lado como meia lata de cerveja quente. Você sabe que era bom, mas jamais será novamente.
 
Nem vem ao caso se sou ou não uma namorada inesquecível, mas fiquei pensando o que faz uma mulher se tornar assim tão singular para um homem. E nem estou falando de homens atormentados, daqueles que gostam de sofrer nas mãos de mulheres malvadas, aquelas que gostam somente delas e nada além delas mesmas. Homens se deixam seduzir por criaturas assim. Bem, quem não deixa?
 
Mas, então, me lembrei de um amigo que, depois de anos de libertinagem barata, começou a namorar. Sumiu, desapareceu, escafedeu-se, um dos maiores baladeiros e pegadores que já conheci na noite paulistana. ´Ela não é a mulher que mais amei, mas é a que me faz feliz. Vou casar´, me disse.
 
´Ela me ama: ri das merdas que eu falo; não é linda, mas se cuida; tem um cheiro gostoso; cuida da vida dela; é independente, mas me pede ajuda para usar um pendrive; está sempre ocupada, mas nunca deixa de atender quando ligo; é parceira, descolada, maluque-te; aguenta meus ataques de mau humor; quer sexo sempre; é ciumenta, mas até acho graça, eu era um galinha. Sabe como é, mulher tá fácil hoje, mas dessas que fazem a gente feliz mais do que uma semana...encontrei poucas´.
 
Sempre penso no que faz uma história dar certo ou não. E, no fundo, acho uma bobagem quando dizem que melhor do que ser amado, é amar. Não tem nada melhor na vida do que sentir, ver, ouvir, ler, que alguém perde seu tempo precioso pensando, querendo, gastando, amando você.
 
Mas é verdade que amar alguém é uma arte. Quem ama abre mão de si mesma muitas vezes. Esquece convicções. Pede desculpas, mesmo quando acha que está certo. Sofre de saudade. Morre de ciúme. Parcela passagem em 12 vezes. Sorri quando o telefone toca. Tem dor de barriga quando ele lê sua mensagem no whatsapp - e não responde. A gente fica praticamente ridícula.
 
Mas o outro, que também ama (é essa a melhor parte), acha a gente, que no fundo é ridícula, o último biscoito do pacote, a última cerveja gelada do deserto, os últimos 5% de bateria no celular.
 
Amor é isso.
 
O importante é que a gente nunca seja mais ou menos. Que a gente faça tudo mesmo por amor. Que seja especial. Que seja inesquecível. Seja o tipo de mulher, que os nossos ex-namorados vão sempre lembrar e pensar: pena que não deu certo. " (Anônimo, peguei no Instagram em statusfrases)

Chuva de meteoros Perseidas hoje e amanhã!



A chuva de meteoros Perseidas acontece anualmente entre julho e agosto e é tema do Doodle da página de busca Google, desta segunda-feira (11). O fenômeno ganhou um time lapse no youtube, como vê acima, mostrando detalhes animados no céu. Ao final do vídeo, o Doodle mostra uma constelação que forma a palavra Google. Legal, né?! A música é muito relaxante, vale a pena assistir.
 
Observada ao longo dos últimos dois mil anos, as Perseidas - ou Perséiades, como também são chamadas -  são formadas por um rastro de fragmentos expelidos pelo cometa Swift-Tuttle e que se estendem ao longo de sua órbita, ficando mais visíveis quando sua trajetória está mais próxima do Sol. Visíveis anualmente a partir de meados de julho, a chuva de meteoros Perseidas normalmente tem o seu pico entre os dias 8 e 14 de agosto, sendo possível observar dezenas de estrelas cadentes ao longo da noite. Coincidência ou não, sonhei esta noite que via estrelas cadentes, várias delas. Senti uma paz que não dá para descrever!
 
Em 2014, o auge do fenômeno acontecerá entre os dias 12 e 13 de agosto, por isso a Google preparou o vídeo deste novo Doodle, destacando o céu durante a chuva de meteoros Perseidas em cenários bastante bucólicos. A animação simula uma série de vídeos e frames em time lapse, produzidos por fotos tiradas em sequência, que criam um efeito que aparenta uma maior velocidade na passagem de tempo. Passando um estado de espírito contemplativo, este Doodle tem o claro objetivo de informar os usuários do Google sobre o fenômeno e estimulá-los a apreciar o melhor momento da fantástica chuva de meteoros anual.

Apesar de serem mais bem visualizadas do hemisfério norte, a chuva de meteoros Perseidas pode ser vista sem o auxílio de equipamentos por quem estiver mais próximo das regiões Norte e Nordeste do Brasil, porém longe da poluição e das luzes artificiais de centros urbanos. Praias e locais descampados, também são considerados lugares ideias para poder visualizar o fenômeno a olho nu. É bom lembrar que, apenas após cerca de 30 minutos no escuro seus olhos vão se adaptar e você começará a ver os meteoros. Seja paciente.
 
Além disso, é possível acompanhar a chuva de meteoros Perseidas através da transmissão via streaming que será realizada pela NASA (solarsystem.nasa.gov/planets/perseids) e que está programada para se iniciar à meia noite de 12 de agosto.
 
Infelizmente, neste ano, a claridade da chamada Super Lua irá tornar mais difícil ver a chuva de meteoros. No entanto, ainda será possível ver algumas bolas de fogo com muita luz e cores riscando o céu. 
 
A Perseidas atingirá seu pico durante a noite do dia 12 (terça-feira) e a manhã do dia 13 (quarta-feira). Durante o fenômeno, a contagem de meteoros pode chegar a 100 por hora, em velocidade média de 59 Km por segundo.
 

foto/fonte: techtudo.com
 

sábado, 9 de agosto de 2014

You're the one that I want...

Then, like a song, you better shape up, because I need I man who can keep me satisfied.

And...

I´M SURE DOWN DEEP INSIDE...



Essa versão de You´re the One That I Want é fantástica. Para quem ama o filme "Grease nos tempos da brilhantina" vai lembrar da música. Muito boa!

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Le bonheur chasse les peines!


Ce matin à notre ècole
Un noveau prof est arrivé
Il a dit: "Je m'appelle Paul"
Finis les devoirs et les dictées
Finies les longues listes de vocabulaire
Et les exercises de grammaire
L'orthographe N'est plus un problème
Les craies servent à dire "Je t'aime"
Alors la porte s'ouvre: c'est le directeux
Tout le monde se tait. On a tous peur.
Mais il prend du papier et des ciseaux
Et dècoupe des milliers d'oiseaux
Qui volent entre les cartables
Entre les chaises, entre les tables
Et debout sur le bureau
Le directeur chante bien haut
"Finies les longues nuits de corrections
Finis les problèmes et les tensions
On va apprendre un théoreme:
le bonheur chasse les peines"

Ricardo Ripoll, poème inédit

Imagem: revistamarieclaire.com.br

terça-feira, 29 de julho de 2014

Parecia que não ia acontecer com a gente...



Sabe aquele amor de novela, filme?! Existe. E eu vivi. Como na música do Frank Sinatra, "For once in my life", eu estava feliz, de verdade; porque eu tinha alguém que me amava, precisava de mim e não me magoaria nunca. Até porque éramos como arroz e feijão, o "casamento perfeito", da mesma forma que me encaixava nos braços dele. Assim de forma natural, éramos feitos um para o outro. Mas o nunca me magoaria, o nunca me deixaria... acabou: "derrubou o muro, invadiu nosso quintal". Parecia que não ia acontecer com a gente, pois como na música dos Titãs, o nosso amor era firme, forte e diferente.
 
Posso dizer com toda a certeza do mundo que fui a mulher mais amada do planeta, como também a mais bonita e feliz. Mas o outro lado da história me transformou numa ratinha de olheiras que não pesa nem um saco de cimento. Nunca sofri tanto...Et j'ai crié, crié.
 
Pois é, agora estudo intensivamente o francês. Aulas todos os dias. O que me resta agora? Sonhar com a França que me aguarda...volto para cá? Je ne sais pas. J'y vais...

domingo, 6 de julho de 2014

Você se foi!



Eu me lembro daqui,
Eu me lembro de você e eu,
Eu me lembro do selvagem e do selvagem e da liberdade.
Eu me lembro de 'fique',
Eu me lembro de 'por favor, não me deixe',
Eu me lembro que você me fez acreditar
Que amanhã e hoje,
O sol seguraria nossas mãos,
Mas a noite veio para ficar
Enquanto você fazia outros planos.

Eu me lembro do tempo,
Eu me lembro dos dias tornando-se anos,
Construindo tempos de vida,
Pensando que você estaria aqui.
Mas amanhã e hoje,
Bem, eles eram incompreendidos.
E você passou ao longo de seu caminho,
Eu acho que você se foi para o bem.


Você é o sol que se pôs,
Você é o céu.
Você é a lua que correu em volta,
Você se foi.
Você está bem, adeus.


Eu me lembro de ir
E eu me lembre de um 'Talvez você pudesse esperar'.
Eu me lembro de braços que chegaram tarde demais.
Porque o amanhã e hoje
Estão somente aqui, há muito tempo
Quando não há nada mais nada a se dizer
Eu ouvi dizer que a vida se move

sábado, 14 de junho de 2014

Não brinque com Major Tom!


"I'm happy, hope you're happy too
I've loved all I needed to love"

"Eu estou feliz e espero que você também esteja
Eu amei tudo o que eu precisava amar"
(Ashes to Ashes, David Bowie)
 


Major Tom era um cara legal. Talvez o terror das mães. Não fazias coisas boas nem ruins. E se recusava a agir quando estivesse triste. Isso poderia atrapalhar a evolução da humanidade. Ou da própria vida!
 
Major Tom vivia no paraíso e lá do alto conseguia visualizar tudo o que acontecia aqui embaixo. Tinha esperança na história, embora vivesse fora de si e atingisse a decadência. Mas era um cara legal!
 
Major Tom tem algo nas mãos para iluminar. Ver de perto e conseguir enxergar além. Ele quer quebrar o gelo, ele quer ser normal. Mas os normais não tem grandes missões.
 
Major Tom quer ficar sóbrio, pelo menos por uma noite. Assim ele desceria do paraíso só pra tomar um cafezinho com a gente. E mesmo que as mães peçam para não brincar com ele, Major Tom é um cara legal, ele só perdeu a fé e deixou de acreditar...por isso tudo foi das cinzas à cinzas.
 
Talvez Major Tom fosse aquele cara do tipo que destroi sonhos...não por maldade, mas por saber "o qualé" da vida e que dela não se pode esperar muito, pois...
 
...tudo muda e acaba e a vida nem sempre é justa. Ainda mais porque a dor faz parte dela! Por isso as mães preferem manter a distância do Major Tom. E pelo menos um tempo "mascarar" um pouco a felicidade do filho enquanto a "vida não vem", de verdade!
 
obs: Adoro essa música. Adoro David Bowie! E quem me conhece sabe que aos 11 anos, escolhi ele para ser meu marido. Rs. Se Major Tom estivesse por perto, essa possibilidade nem passaria perto, pois ele é pé no chão e infelizmente os sonhos não fazem parte dele. Ao contrário de mim, que acho que os sonhos nos impulsionam e fazem respirar. Mas essa Carolina aí não existe mais não, se vestiu de Major Tom.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Final de semana agradável!

O final de semana é sempre difícil quando algo incomoda há um tempo. Nunca faço um relato do que a aconteceu, mas dessa vez, não tenho o que reclamar. A última sexta-feira que começou com uma dor de cabeça "daquelas" cedeu lugar e abriu espaço para dias agradáveis. A noite de sexta foi coroada com água de coco, sauna com vista para o lago paranoá e parmegiana com amigos muito queridos. Chocolate lindt e muitas risadas deram início a uma madrugada regada de boas energias depois do jantar. Pena que não tirei foto! Mas dei adeus à enxaqueca.

Ah, o sábado foi bacana demais. Eu que estava um tanto resistente, acabei cedendo e fui participar da ginástica especial na beira do lago, no Bar do Alemão. Fotos e mais fotos e o professor feliz ao me ver disposta. Muito champanhe, isotônicos, frutas, canapés e até um chope verde. Tomei, acredita?!

E o lago lá no fundo. Delícia de ginástica! Eu sou essa primeira aí.
 

Lulu é o melhor professor de local do mundo! E muito querido: sempre ao meu lado.
 
Bora começar?!
 
Todo o mundo com champanhe na mão, menos eu (escondi na foto, rs!)

E o almoço de família teve que me contentar do jeito que eu estava: roupa de ginástica e com um sorriso e disposição pra ninguém botar defeito. Almoço gostoso! Brincamos muito na casa da árvore que está prestes pra inaugurar.
 

Almoço de família delicioso!

 
Tirolesa na casa da árvore!
 

 Foi tanta energia que não consegui curtir a festa junina do Balako à noite! Preferi ficar quietinha. Mas tudo bem, embora estivesse borocochô ao acordar no domingo, logo a lacuna foi embora. Era felicidade demais para uma Carolina só poder encontrar uma das melhores amigas que acabara de chegar do Ceará (e por aqui vai ficar mais alguns dias), almoçar com uma turma no Clube de Golfe (com a Ana Maria Braga, rs, mentirinha!) e terminar o final de semana fazendo o que mais gosto: saboreando um hot dog do Landi numa barraquinha de rua com as amigas, rindo muito. Obrigada, anjos da guarda, dias melhores estão chegando!
 
Foi uma pena não ter dado tempo de ir a um chá fralda com festa junina de uma das melhores amigas. Já não tenho mais a disposição de outros tempos...
 

 







domingo, 8 de junho de 2014

I guess I'm just a stubborn kind of fellow!

" I try to put my arms around you
All because I wanna hold you tight
(To hold you tight)
But every time I reach for you, baby
And try to kiss you, you're just jumping out of sight
(Out of sight)
Oh, I've got news for you
Baby, that I've made plans for two"
 
Adoro, simplesmente!

A garota que foi deixada para trás!

Incrível isso, mas hoje em dia, se economiza em tudo, até em amor. Talvez as pessoas tenham medo de esvaziar o "tanque" e guardar para a próxima guerra ou vida. Vai saber! Tanta economia que leva a pensar que a única saída é colocar um contador ou um chip nas pessoas que acusa certa característica de perversidade e má intenção.
 
Só sei que a garota generosa que eu conhecia morreu. Assim mesmo, te viu, suspirou e morreu! Perdeu a fé e a confiança. Não quer mais compartilhar nem contar nada para ninguém. Até aprendeu a dormir no meio da cama. Fez questão! Antes era só o lado esquerdo, talvez na vontade de dividir o mesmo edredom.
 
Não divide mais nada. E se não toma a Coca-Cola até o fim? Joga fora, não guarda nem para a próxima sede. A nova garota quer aprender a palavra egoísmo e por isso vai embora no pau de arara da vida. Se vai voltar...nunca se sabe. Talvez, na esperança de encontrar vaga no balde que um dia chutou.

Se a lua ouvisse...

"Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade". Se a lua tivesse ouvidos, essas seriam as primeiras palavras que escutou de Neil Armstrong. Mas na verdade, para mim, o passo do homem era largo. E eu que era pequena demais para dar um passo tão grande. Não que eu queira conquistar a lua, longe disso (rs)! Pera lá, vou explicar. Aguardo um visto para morar bem longe daqui e da Nasa, localizada no Cabo Canaveral, na Flórida, onde estive há menos de um mês, onde estava feliz, toquei em pedaços da lua e tinha outros planos. Confusa e romântica essa relação, não?!
Pois bem, como tudo na vida é passageiro, exceto cobrador e motorista, mais uma vez a vida me prega uma peça, das grandes! E olha que já tínhamos combinado (eu e a vida) que eu nunca mais passaria por uma situação de abandono, desprezo e rejeição. Mas mesmo assim, fui "demitida" do cargo mulher da minha vida. E da minha viagem aos EUA, não me restou nada, nem as fotos!
Não é vergonha ficar disponível por culpa da acomodação do mercado ou da pessoa que é mais feliz sem você, mas doi. Doi ouvir isso. Aliás, doi mais que dar uma trombada com o pé, queimar as mãos no fogão ou ter febre acompanhada de dor de garganta. Doi, simplesmente doi!
A única coisa que me restou foi ouvir uma música ao longe. E o canto da sereia acabou por me seduzir. Espero agora sair do porto e ser aprovada no novo caminho que escolhi.

sábado, 31 de maio de 2014

Nunca mais te vi...N

...sempre te amarei!

Bizarro os acontecimentos. Mas os meus pensamentos foram buscá-lo. E você apareceu. Não de carne e osso, fazer o que, né?! 

Sei que não vive mais em terras napoleônicas. E até esqueci para onde ia...a distância só aumenta. Sei disso! E não sei até quando, nunca sabemos o dia de amanhã.

Não sei se inconscientemente ainda "espero", como a moça feia que ficava na janela achando que a banda tocava pra ela, na canção de Nara e Chico. Ou se a ausência tornou algo tão real que me acostumei. 

Alguma coisa me diz que a nossa amizade é permanente. E o motivo desse humilde texto é compartilhar a minha alegria em saber que não me esqueceu.



quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Meu mundo por um Tod's!

 
Meu mundo por um Tod's. Ou melhor por um Gommino. E se eu puder acrescentar a esta lista mais um produto, quero também a Vara, clássica sapatilha Ferragamo.  E antes de mais nada, isso não é o que você está pensando. Nada de palavrões. Todos esses nomes são mantras (para mim!): o mantra dos sapatos mais queridos. E, claro, de pura elegância! Não basta saber de tudo e estar antenada em assuntos diversos, moda e estilo também é aprendizado!
 
E o que trago hoje é o belo Gomminno que transformou a Todd's num império e que no ano passado, graças a todos anjos, chegou ao Brasil. Ele foi criado no final dos anos 70 com o desafio de conjugar a praticidade americana à elegância italiana. Existem em mil cores e estampas. Além de ser prático, elegante, mega tradicional e carrega toda a qualidade de um legítimo fatto a mano da Itália.
 
"O made in Italy é um valor simbólico - você sabe que está prestigiando o trabalho de artesãos experientes, e isso automaticamente deixa o gommino um degrau acima de qualquer mocassim-, mas também bastante sólido".
 
Quem tem um garante que a qualidade é marca registrada. Não se tem notícia de parte alguma ter se soltado dos gomminos. Aliás, o processo de confecção tem mais de 100 etapas, do corte e costura do couro à colocação dos 133 seixos de borracha do solado, e cada uma delas é feita por um artesão treinado para executar especificamente aquela função. Todos trabalham juntos, numa fábrica anexa ao QG da Tod's perto de Ancona, na região de Marche, entre a Úmbria e o Adriático.
 

 
 
Voltando aos anos 70...
 
Diego Della Valle é o presidente e CEO do grupo Tod's (uma potência que inclui outras marcas, comoa maison de calçados francesa Roger Vivier). Bom, no final dos anos 70, ele foi passar uma temporada nos EUA e ficou horrorizado com a deselegância natural da working woman da época. Então ele teve uma ideia (que mudou para sempre o pequeno negócio de sapatos do pai): criar um sapato unissex, bem feito e bem cortado, versátil, que pudesse ser usado tanto no trabalho quanto em momentos de lazer mais casual. Nascia o Gommino, que para leigos pode parecer um simples mocassim, mas que basta olhar a vasta legião de fãs (de Carla Bruni a Sharon Stone) que há mesmo algo surreal e mágico nas 133 bolinhas de sua sola.
 
fonte: Vogue (junho 2013)
imagens:
eleganceclub.wordpress.com
howtospendit.ft.com

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Chovia...


Chovia! E eu nem sentia. Me molhava.
Meus pensamentos estavam acima das nuvens.
Além da água!
Depois de um certo tempo, percebi a chuva.
Notei que ela lavava os meus pensamento, a minha alma.
E quem estava molhada... ah as minhas ideias, nadavam em círculos!
 

Imagem real: guardas chuvas coloridos em Portugal
 
imagens:
jurujubapublicidade.com
ultradownloads.com

 

Somos mimados!



Li um artigo na revista Lola, publicada em julho de 2013, que julguei bacana e fiz questão de compartilhar. Digitei cada palavrinha já que não encontrei tal texto na íntegra na internet. É claro, que você terá algumas discordâncias, como eu tive. Em alguns pontos, o autor Luiz Felipe, pega pesado. Mas serve de reflexão! Sugiro leitura.
 
Uma raça de mimados (por Luiz Felipe Pondé, revista Lola, julho 2013)
Como seremos lembrados? Como os habitantes da era dos chorões. Não conseguimos viver com as frustrações – e viver é se frustrar. Criamos uma sociedade do conforto que tem como marca a ideia de que temos “direito à felicidade”. Mas felicidade é com antidepressivo. Quanto mais, menos efeito.
 
No futuro, não vão se lembrar de nossa época como a era das tecnologias da informação porque o que temos hoje será mais parecido com ferramentas do neolítico. Aliás, sempre digo para todo o mundo que acha a nossa época o máximo: “Você deveria estudar um pouco de Pré-História!”. Estamos por aqui há muito, muito, muito, mas muito tempo e, comparada a esse tempo, nossa “vidinha”com nossos sonhos e ferramentas é um nada. Conhecer um pouco de Pré-História nos ajuda a colocar um pouco de perspectiva nessa ânsia de sermos celebridades cósmicas. E quem sabe assim paramos um pouco de ter esse hábito brega de sempre nos achar o topo da cadeia alimentar ou ficar passando atestado de bobo, achando iPhones uma coisa “revolucionária”. Revolucionária foi o fogo e a imprensa de Gutemberg. De lá pra cá, é só mais do mesmo. Só gente mal informada acha nossa época “revolucionária”. Pensar assim em relação à história é como achar Miami o máximo.
Como seremos lembrados? Como os habitantes da era do ressentimento, porque hoje em dia somos todos chorões. Não conseguimos viver com frustrações, e viver é se frustrar. Somos uma raça de mimados.
Quer ver? Se alguém disser que hoje as crianças são mais rápidas, cuidado, você está diante de alguém que delira. Hoje em dia, os jovens se buscam em Barcelona até os 30 anos, enquanto no neolítico (uns 15 mil anos atrás) crianças já caçavam e corriam de predadores com 4 ou 5 anos de idade. Quem é mais rápido? Quem usa iPad e brinca de se procurar eternamente ou quem tem que se esconder ou vira comida de alguma fera faminta real – e não virtual?
Enfim, vivemos na sociedade do conforto, e a marca dessa sociedade é a ideia de que temos “direito à felicidade”. A sociedade do conforto fará de todos nós uns (...) alegres. Dirão os céticos deprimidos: “Tudo bem, contanto que eu esteja feliz”. Mas a felicidade é como antidepressivo. Quanto mais, menos efeito.
Em qual pedra desse Universo indiferente ou dessa natureza cruel (lembremos, câncer é tão natural quanto uma praia deserta) está escrito que o homem deve ser feliz? Mesmo Freud, o grande descobridor do inconsciente, dizia que a felicidade não parece fazer parte dos planos do Criador. Logo, quem sou eu para discordar?
Mas ninguém precisa ser um gênio como Freud para perceber que nossos anseios de felicidade são insignificantes diante do Universo. Azar o nosso.
Mas uma sociedade do conforto como a nossa, acostumada a pensar que o mundo existe para nos servir em nosso afã infantil de ser feliz, lida mal com a realidade. Falando de novo de Freud, lidamos mal com o princípio da realidade, e ainda reclamamos porque nosso pai não é o dono do Universo.
A dificuldade de lidar com a realidade necessariamente cria frustrações. Já na Grécia antiga, filósofos estoicos diziam que devíamos tomar cuidado com o desejo sem medida porque ele faria de nós escravos dele. Quem entende de budismo (que não é o meu caso) diz que os budistas também temem um apego excessivo ao desejo. Místicos de todos os tipos (claro, não os da Vila Madalena que pensam que os deuses existem para garantir a nossa qualidade de vida) sempre disseram que, e quisermos sofrer menos, devemos nos desapegar (se você quiser saber como se diz isso em grego, repita comigo afalé panta; em português, “desapegue-se de tudo que existe”).
Se você pensa que “espiritualidade” é algo inventado para você se sentir melhor consigo mesma, vai provavelmente ficar frustrada com os deuses – porque eles não estão nem aí para o seu medo de solidão, abandono e envelhecimento. Os deuses costumam ser seres bem autocentrados. São imortais e não precisam fazer acordos para serem felizes. Assim como os cônjuges muito mais ricos, mais inteligentes ou mais jovens do que nós, os deuses pouco se preocupam com nossas frustrações, apesar de muitos de nós continuar a gastar dinheiro com eles.
Mesmo nosso corpo não é nosso. Calculamos nossa alimentação, comemos coisas sem gosto (é claro que existem aquelas que afirmam que rúculas têm gosto, mas céticos como eu tendem a assumir que rúculas são monótonas como pessoas que não sorriem para não terem rugas na face), respiramos pouco para não gastar o pulmão, andamos em esteiras olhando para a televisão ou a parede. Mesmo assim o corpo não é nosso. Uma hora você quer levantar, ele não levanta e você tem de se acostumar com a frustração da finitude.
Talvez essa seja a maior das frustrações, a finitude. E os deuses se divertem, rindo e dizendo: “Bem vindos à finitude, seus coitados”. E o primeiro a nos trair é o nosso próprio corpo.
E a beleza? Hum, essa então é terrível. O mundo está cheio de gente mais bonita, mais inteligente e mais rica do que nós. E o pior é quando além de tudo isso essas beldades elegantes são mais generosas e modestas que nós (muita gente frustrada mente dizendo que beleza, dinheiro e inteligência não contam, mas sim o que elas têm no coração...Pode uma coisa dessa?). Deveria existir uma lei que proibisse a beleza, inteligência, riqueza, generosidade e modéstia no mesmo pacote. Mas não existe, e a frustração contra essa “injustiça cósmica” não se resolve parando a Avenida Paulista na sexta à tarde.
Mas nós, esses seres supermaduros que consideram rugas uma ofensa ao nosso direito de ser jovens forever, nos apegamos até aos nossos vícios morais dizendo que são apenas “diversidade” ética.
Sim, cada vez mais lidamos pior com as frustrações, e provavelmente ainda vai ficar pior porque chegará o momento em que concluiremos que o que nos atrapalha é a nossa própria humanidade, essa coisa ineficaz e fadada ao mal functioning. Numa sociedade do conforto como a nossa, o brilho nos olhos sempre depende da fé na nossa capacidade de produzir  mais conforto.
Desde o ar condicionado até a energia cósmica que serve para nos deixar mais “equilibrados” (como se fosse possível alguém ficar equilibrado se preocupando com a felicidade e com seus próprios desejos), a matéria e o “espírito” existem para nos dar conforto.
O futuro nos verá como uma raça de ressentidos porque criamos um mundo no qual a infelicidade é considerada injustiça social, erro psicológico, fracasso da ciência, engano dos deuses.
Não sou romântico n o sentido de achar que o passado era melhor, mas não tenho nenhuma dúvida de que éramos mais maduros do que hoje, mergulhados como somos em nossos pequenos “eus com direito à felicidade”.
Lembro-me de um conto hassídico (mística judaica dos séculos 18 e 19, do Leste Europeu) que dizia que um dia um homem justo morreu e foi se encontrar com Deus no céu. Lá, ouviu um barulho ensurdecedor vindo de um cômodo atrás de uma porta. O justo então perguntou a Deus que lugar era aquele. Deus respondeu: “O inferno”. O homem então perguntou a Deus o que eles tanto gritavam. Deus disse a ele: “Vá até lá e abra a porta”. O homem abriu a porta – e quanta surpresa quando ouviu o que eles gritavam: “Eu, eu, eu”.

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