sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Catálogo da vida

Como é que a gente sabe que uma coisa está viva?
Verifica a respiração.


A garota sabia que o irmão já não estava mais ali. O coveiro deixou cair o livro. Era um manual. Um guia de como enterrar as pessoas. Ela pegou aquela obra para ela. Não que fosse sair por aí enterrando as pessoas. Pois o assunto...ah o assunto não era importante, mas aquele livro significava muito para ela.

Escrevi o breve resumo, em pouquíssimas palavras, após ler um dos capítulos de "A menina que roubava livros", pois chamou-me atenção a importância dos meros detalhes da vida.


É por isso que música marca um fato, nos faz voltar ao passado ou lembrar de uma pessoa querida - ou que já se foi ou que nos é especial. Fotos são lembranças vivas que nos fazem transportar para aquele dia, aquela ocasião. Um guardanapo, um bilhete de entradas de cinema ou de um passeio de barco, enfim, são detalhes pequenos que guardam grandes acontecimentos.

Seja num baú ou numa pequena caixa, todas as pessoas deveriam depositar sonhos vividos ou que remetam às boas lembranças. Depois, num dia comum, daqueles bem sem graça, vasculhar todas aquelas memórias...e chegar exatamente na ilha do tesouro do pirata. Descobrir os próprios segredos que já tinha esquecido. Relembrar como se sentia em tal época...

Os meus diário - que escrevia quando era criança e adolescente - estão guardados. Assim como as cartas apaixonadas da fase teen, os cartões postais que recebia de amigos quando estavam em viagem, guardanapos que peguei na Disneylandia quando fui pela primeira vez, e outras milhares de miudezas que provam que vivi muito bem toda as fases da minha vida. E que assim continue...

God bless you!


imagem: http://1.bp.blogspot.com

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