sexta-feira, 3 de abril de 2009

Altas temperaturas


Sentia aquele frio siberiano. Não parava de tremer! Vestia blusa gola rolê e meias de lã. Ainda assim era como se estivesse nua em pleno Alaska.

Você passa dias, semanas, ou até anos com alguém que aquece os seus dias e noites, e a faz derreter. Não é preciso apertar botão nenhum para fazê-la arder. Tudo é quente. Vocês dois são fogo e brasa. E altamente inflamáveis.

Você arde, queima, sente um calor inevitável. As bochechas coram. É um calor latente, atômico – daqueles que podem incendiar uma cidade.

Eis que um dia, tudo acaba! Um dos dois não quer mais. Choque térmico à vista. Um frio de queimar as orelhas. Eu que vivia de minissaia começo a me vestir como se estivesse indo para uma estação de esqui.

Nunca se sentiu tanto frio. Choque térmico! Abominável monstro das neves!

Você perde aquela companhia e com ela todo aquele fogo, transpiração, vivacidade. Que frio! Você planeja jogar 4 horas e meia de squash e se jogar no lago paranoá, numa forma simbólica de choque.


S-U-R-P-R-E-S-A! Eis que surge o “seu” salva-vidas de um metro e noventa e que é a cara do Márcio Garcia. Ele a convida para comer sushi. Oferece um saquê. Acende a lareira. Bota lenha na fogueira. Choque térmico à vista!

Olha para você, já começou a suar de novo. Lá vai eu, arder, queimar, derreter...

Obrigada, JB!

Um comentário:

Unknown disse...

Bom quando acontece esse tipo de coisa e vemos que a vida é cheia de "altas e baixas" temperaturas... arrivederci!