quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Você também é uma Rose Monroe?


Sabe quem é Rose Will Monroe? Conheço várias. Não vestem macacão masculinizado nem amarram lenço na cabeça, mas se sentem - e são - como tal. Digo que são mulheres de fibra, fortes, que não estão por aqui de passagem. Transformam o trabalho, ensinam um império e deixam exemplos de vitória. E assim são as mulheres da minha família, um matriarcado: somos viradas "pro bicho". Elas estão muita vivas na minha memória nesta semana.

Mas deixa eu explicar quem é Rose. Parece um personagem de filme (e foi), mas não é. Rose existiu. Foi uma mulher de verdade. E se destacou como símbolo da força feminina nos EUA durante a II Guerra Mundial. Foi ela que convenceu a mulherada à assumir com unhas 'pintadas' e dentes, macacão e lenço na cabeça, o trabalho nas fábricas, mas especificamente na indústria militar, assumindo o trabalho no lugar dos homens que viraram soldados de guerra.

Faltava mão-de-obra, os homens estavam em combate, a indústria precisava de força de trabalho. E foi aí que milhões de mulheres deixaram o bolo assando, a vassoura atrás da porta e o ferro quente na tábua para trabalharem na construção dos aviões B-29 e B-24 da Força Aérea Americana.

Mesmo sendo menos remunerada que os homens, lá foram elas para o batente. Eram
conhecidas como as rebitadoras. E Rose era a Rose The Riveter (que vem do rivet:rebite). Vestiam macacões que pareciam fardas e um lenço na cabeça, que dava um toque feminino e remetia às ex-rainhas do lar. Os "riveters" eram parafusos que prendiam as chapas dos revestimentos dos aviões de bombardeio.

Isso elevou a moral da mulheres. Mal sabiam que o fato de trabalharem no ofício que era dos homens causaria impacto tão grande na sociedade. Acabou-se a guerra. Os homens retornaram aos lares. E a mulher também.

A sensação de bem-estar e independência ao trabalhar era tão grande que as mulheres queriam que aquela rotina fizesse parte novamente de suas vidas. Ganharam! Conseguiram o trabalho, mas como tudo tem o seu lado bom e ruim, agora a jornada é dupla. Agora não, de lá para cá, a mulher virou super. É mãe, esposa, empregada, motorista, cozinheira, médica, jornalista, advogada, administradora....

...é uma SUPER MULHER!!!

Parabéns mulheres pelos atos heróicos. E deixo claro: esse texto não é manifestação de feminismo. Adoramos os homens, os "nossos", é claro.















imagem: http://www.mediabistro.com/agencyspy

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