segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Rumo à decadência


No sábado fui a uma festa a fantasia que costumava ir na época da faculdade. Esperava encontrar em tal local uma galera de faculdade. Já sabia que seria uma das mais velhas na festa, mas como meu namorado queria prestigiar os amigos que tocariam em várias bandas, lá fomos nós. Ao contrário do que pensava, o que vi foi muito pior. Vi uma meninada menor de idade se comportando como verdadeiras "cadelas" no cio. Algumas fantasias não tinham a parte de baixo. Tinham sim, a de baixo da debaixo, entendeu? Vi garotas só de bíquini ou calcinha, shortinhos enfiados naquele lugar, enfim, nunca vi tanta mulher nua. E olha que a festa era à fantasia.

Me senti mal pois quando era adolescente não tinha tal comportamento. Nem eu e nem as pessoas que frequentavam as festas. Se ficávamos com um rapaz, ficávamos com ele a noite inteira e esperávamos que na segunda-feira, no colégio, rolasse uma aproximação. E geralmente era o que acontecia. Era super legal. Rolava até troca de cartinhas. Muito melhor que hoje. A paquera era saudável, mesmo rolando o lance de "ficar".

Não sei mais até onde a humanidade chegará. Só sei que fiquei preocupada, de verdade. Cheguei a chorar pois o que vi na festa foi uma desvalorização da mulher pela própria mulher. Em primeiro lugar, por causa das vetimentas. E, em segundo, por causa do comportamento. Cheguei a ver uma mulher com dois homens: um na frente e outro atrás da rapariga. E isso não foi no escurinho não. Foi escancarado...assim para todo mundo ver a cena que deveria ao menos ser em local apropriado. Vi o mesmo homem beijando
moças diferentes. Vi até mulher com mulher. Sem brincadeira, estamos rumando para a decadência.

Como diz Martha Medeiros, nunca se viu tanta mulher nua como nos dias atuais. E, que talvez, a verdadeira excitação esteja em ver uma mulher se despir de verdade, emocionalmente. Hoje em dia, não há mais charme nem suspense.

"Nudez pode ter um significado diferente e muito mais intenso. É assistir a uma mulher desabotoar suas fantasias, suas dores, sua história. É erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente. Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias-verdades, sem esconder seus pequenos defeitos – aliás, deveríamos nos orgulhar de nossas falhas, é o que nos torna humanas, e não bonecas de porcelana. Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em quem sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais". (Martha Medeiros)


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