Hábito lembra uniforme. Uniforme lembra escola e trabalho (para os que assim trajam). Escola se frequenta todos os dias, exceto aos finais de semana. Escola lembra rotina e dia-a-dia. Rotina estraga qualquer forma criativa e feliz de viver. Infelizmente, é assim. A sociedade impôs que temos que trabalhar e estudar de segunda à sexta-feira e que horário útil é entre 9 e 12 horas, com um intervalo, e depois entre 14 e 18 horas. Isso é simplesmente um pé no saco.
E se eu preferisse acordar um pouco mais tarde num dia - em que não houvesse compromisso com terceiros - e começar a trabalhar poucas horas depois? Não veria problema nenhum de ultrapassar o horário público das 18 horas. Que maravilha! Nem mesmo pegaria aquele trânsito infernal de todas as pessoas saindo ao mesmo tempo do trabalho, numa correria absurda e frenética para buscar os filhos na escola, ou naquela pressa impaciente para se chegar em casa. Ufa! Quanto ruído...
E se eu preferisse acordar um pouco mais tarde num dia - em que não houvesse compromisso com terceiros - e começar a trabalhar poucas horas depois? Não veria problema nenhum de ultrapassar o horário público das 18 horas. Que maravilha! Nem mesmo pegaria aquele trânsito infernal de todas as pessoas saindo ao mesmo tempo do trabalho, numa correria absurda e frenética para buscar os filhos na escola, ou naquela pressa impaciente para se chegar em casa. Ufa! Quanto ruído...
Hábito também é o uniforme das freiras. Nada contra. Mas imagina que beleza vestir todos os dias a mesma roupa. Poxa, será que não daria para colocar nem um brochinho ali num canto qualquer de toda aquela vestimenta? Só para dar uma variada?! Mas a questão não é a vestimenta e sim como levar o dia-a-dia com menos enfado e mais emoção. Menos realidade e mais sonho. É tão bom quando saímos da rotina. O amor faz isso! E como é maravilhoso.
Ainda bem que história em quadrinhos são histórias em quadrinhos. Nunca vi a Mônica, a Magali, o Cascão ou o Cebolinha trajarem outras roupas. É sempre o vestidinho vermelho, amarelo e por aí vai. Nem mesmo os comportamentos mudam ou evoluem. Uma sempre será a comilona e a fruta predileta sempre será a mesma. Outro nunca aprenderá a falar de forma correta. Ainda bem mesmo que o dia-a-dia desses personagens ficam só nas revisitinhas. E o pior de tudo é que gostamos, nos acostumamos, e adoramos os personagem. Não nos incomoda se existe ou não evolução. É apenas uma historinha infantil que nos agrada bastante.
Agora, na vida real, no aqui e agora. Não podemos - e acredito que não queremos - sermos fadados a um personagem. Aquele ali - aquele mesmo - que sempre está do mesmo jeito. A vida para ele é apenas um hábito. Sem emoçao. Um picolé de chuchu. Sem graça nenhuma!
E é por essas e outras questões que é preciso cultivar sonhos. Não precisam ser imensos e de difícil alcance. Às vezes, programar apenas uma viagem já basta. É isso que estou fazendo neste momento. Junho está próximo. Na mala levarei de tudo um pouquinho: alegria para ser compartilhada e tristeza para ser deixada, lembrança ruins para serem esquecidas - inclusive pessoas, e muita, mas muita vontade mesmo de abrir novamente as portas do coração!
Foi assim quando estive em Paris. Voltei renovada, corajosa, forte, totalmente diferente. A foto da cena do filme "Cinderela em Paris" revela bem o meu espírito quando estive lá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário