Fiquei comovida hoje ao saber do naufrágio de um barco que carregava quase 300 pessoas. Eram árabes e africanos que saíram da costa da Líbia rumo à Europa e tiveram as suas vidas interrompidas no mar mediterrâneo.
O que me deixa estarrecida, de verdade, é o fato de como a imprensa noticia. E olha que sou jornalista! Acredito que esteja faltando opinião. Ainda mais agora, quando os ventos trazem dias abastados. Um comentário do âncora do telejornal já seria uma atitude bacana. Isso costumava acontecer na hora do almoço para “abrandar” alguns fatos.
Gente, eram pessoas!!! E mesmo que fossem animais. Eram homens, mulheres e crianças que deixaram as suas casas em busca de uma vida melhor. Oras, não fazemos isso também? Conheço muitos brasileiros que rumam ao desconhecido e tentam um futuro em outro país. Isso se chama esperança! E esperança dá vontade de viver!
Cheguei a ler num site de notícias renomado que o barco afundou. Afundou com imigrantes ilegais. Não é mentira, a notícia está correta, mas acredito que usar a palavra “naufragar” seria mais adequado. Não que eu tenha uma visão utópica dos fatos, mas só faltou colocar nas entrelinhas que o barco afundou, mas como eram imigrantes ilegais, não vai fazer falta mesmo.
Quando era repórter, me surpreendi muitas vezes com a minha frieza. Hoje tudo mudou. As águas de março que insistem em fechar este verão com inundações por todo o nosso Brasil me incomodam. Pessoas que perdem o seu teto e amarram os carros em postes para que a chuva não os carreguem realmente me fazem exercer a empatia não da forma que queria.
Amanhã é abril. Quem sabe tudo não melhora?! Bem que a previsão é de que um super vírus invada os nossos computadores no primeiro dia do mês. Vai saber...só nos resta ter esperança e fazer back ups.





Achei uma miniatura minha







Li uma vez um texto de Martha Medeiros na qual ela comentava sobre o sermão do padre nas cerimônias de casamento. E que se ela tivesse casado na igreja, mudaria todo o discurso. Achei bem bacana compartilhar e colei algumas partes do texto dela:






Por que certos poemas fazem a alma bater palmas? Músicas, sons, dizem mais sentimentos que conferências?! Gestos, olhares, luzes, sons...alguns são tão mais perfeitos um que o outro. O que os torna tão especiais!

